O Benfica argumentou hoje, na inquirição no âmbito do sumaríssimo a Luisão, que não existiu ''nenhum dolo'' do defesa no lance da alegada cotovelada a Sapunaru, na recepção ao FC Porto, na segunda jornada da Liga de futebol.
''O que o Benfica veio dizer é que se trata de um lance normal no futebol moderno, em que Luisão tentou ganhar melhor espaço para disputar a bola. Não há nenhum dolo naquele lance'', disse João Gabriel, director de comunicação do clube, à saída das instalações da Liga em Lisboa, onde foi ouvido como testemunha pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga.
Acompanhado por outras duas testemunhas indicadas pelo Benfica - João Gonçalves, assessor jurídico da SAD, e Bruno Mendes, fisiologista - o director de comunicação do Benfica estranhou que ''o lance tenha sido descoberto por dois meios de comunicação social com uma atraso de 48 horas em relação ao jogo''.
João Gabriel, que se escusou a revelar porque razão o presidente Luís Filipe Vieira e o director desportivo Rui Costa também estiveram presentes nas instalações da Liga em Lisboa, na parte da manhã, considerou que ''a carga negativa não é do lance em si, mas a maneira como foi apresentado e comentado''.
O responsável pela área da comunicação do Benfica manifestou-se esperançado que a CD ''decida de forma célere e justa'' o sumaríssimo instaurado a Luisão e também a participação do clube benfiquista de alegada agressão de Cristian Rodriguez a Nuno Gomes, igualmente no jogo dos ''encarnados'' com o FC Porto, que terminou com um empate a um golo e que ficou também marcado pela entrada na zona de jogo de um adepto, que empurrou o árbitro auxiliar.
O sumaríssimo a Luisão, que esteve ausente na inquirição de hoje por ter sido já ouvido, foi aberto pela CD depois de visionadas imagens televisivas, tendo o central brasileiro sido castigado com dois jogos de suspensão, mas o Benfica recorreu com o objectivo de reduzir a pena.