O FC Porto venceu hoje os holandeses do Feyenoord por 3-2, na derradeira jornada do Grupo G da Liga Europa, qualificando-se como vencedor do agrupamento para os 16 avos de final da competição.
A equipa portuguesa desenhou o triunfo numa primeira parte que teve cinco golos, arrancando uma madrugadora vantagem, graças aos tentos de Luis Díaz, aos 14, e de Malacia, aos 16, na própria baliza, e apesar de permitir a reação dos visitantes, que voltaram a empatar com os golos de Botteghin (19) e de Larsson (22), viram Soares, aos 34, cravar o desejado triunfo.
Com este resultado, os ‘azuis e brancos' terminarem o Grupo G no primeiro lugar, com 10 pontos, beneficiando do empate 1-1 dos escoceses do Rangers na receção aos suíços do Young Boys, para serem cabeças de série no sorteio da próxima fase da competição.
A formação portista mostrou, desde início, argumentos para se juntar a Sporting de Braga, Sporting e Benfica nos 16 avos de final da prova, justificando-o num início de jogo frenético, ao apontar dois golos em pouco mais de um quarto de hora.
Luís Diaz esteve nesta fase inicial em destaque na formação portista, pois, depois de um primeiro aviso, aos seis minutos, com um remate de longe que o guardião dos holandeses defendeu, consumou, aos 14, a ameaça, ao inaugurar o marcador, numa emenda a um cruzamento de Alex Telles.
O início de jogo promissor para os portistas ficou ainda mais acentuado aos 16 minutos, quando o defesa Malancia foi infeliz ao desviar, para a própria baliza, um cruzamento de Soares, fixando o madrugador 2-0 para os comandados do Sérgio Conceição.
No entanto, a vantagem esfumou-se, com alguma perplexidade, nos seis minutos seguintes, quando os visitantes, tornaram o jogo imprevisível, ao aproveitarem alguma desatenção defensiva dos ‘dragões' para resgatar o empate.
Aos 19 minutos, o defesa brasileiro Eric Botteghin teve todo o espaço para, na sequência de um canto, reduzir, num lance que terá dado motivação aos holandeses, que, aos 21, chegarem à igualdade, num desvio de Larsson.
A reação do Feyenoord não conseguiu, ainda assim, abalar a confiança dos ‘dragões', que, de imediato, tentaram minimizar os estragos, sabendo que apenas a vitória lhes garantia automaticamente a passagem à fase seguinte.
Mesmo depois de o árbitro alemão ter feito ‘vista grossa' a uma falta para grande penalidade, numa mão do avançado do Sinisterra na área, os ‘dragões' conseguiram, aos 32 minutos, voltar para frente do marcador, num lance de insistência.
Após fulgurante arrancada na direita de Marega, que serviu Otávio para um remate que o guarda-redes holandês defendeu, mas não segurou, Soares chegou de ‘carrinho' para a recarga, e entre dois adversários fixou o 3-2, que perdurou até ao intervalo.
Os ‘azuis e brancos' tentaram manter o embalo no arranque do segundo tempo, e chegaram a ameaçar o quarto golo, aos 51 minutos, em nova iniciativa de Luís Diaz, após combinação com Marega, mas que saiu sem a melhor pontaria.
Com o avançar do cronómetro, os portistas começaram a pensar na gestão de um resultado que lhes servia, perdendo algum fulgor ofensivo, em detrimento de consistência no meio-campo e solidez defensiva, permitindo que o Feyenoord ripostasse.
Além de um lance de aflição de Corona, na disputa com um adversário, que chegou a levar a bola ao poste da baliza portista, o lance mais perigoso desta etapa complementar foi para o Feyenoord, aos 73 minutos, quando Narsingh obrigou o guardião portista Marchesin uma das defesas da noite, evitando o empate.
O calafrio terá servido de alerta para o FC Porto, que, a partir de então, começou a fechar melhor os caminhos para a sua baliza, perante um adversário que também foi perdendo soluções e clarividência para beliscar o triunfo final dos ‘dragões'.