O Flamengo, treinado pelo português Jorge Jesus, deu hoje uma parte de avanço ao Al-Hilal, mas operou a reviravolta sobre os sauditas e venceu 3-1, apurando-se para a final do Mundial de clubes de futebol, em Doha.
O Al-Hilal colocou-se em vantagem aos 18 minutos, por intermédio de Al Dawsari, mas, no segundo tempo, o conjunto brasileiro deu a ‘volta ao texto’, com Bruno Henrique a revelar-se decisivo, assistindo o uruguaio De Arrascaeta, aos 49, marcando ele próprio, aos 78, e envolvendo-se na jogada que originou o autogolo de Ali Albulayhi, aos 82.
A equipa do Rio de Janeiro, vencedora da Taça Intercontinental em 1981, vai disputar a final do Mundial de clubes no sábado, num encontro em que terá pela frente o vencedor da outra-meia-final, entre os ingleses do Liverpool e os mexicanos do Monterrey, que se defrontam na quarta-feira.
Contudo, para chegar à decisão, o Flamengo teve de ‘puxar dos galões’ no segundo tempo, depois de uma primeira parte em que o Al-Hilal não só dominou como mostrou argumentos técnicos de realce e ainda construiu as melhores oportunidades.
No reencontro com a anterior equipa, Jorge Jesus viu uma das ‘suas’ jogadas de ‘laboratório’ ser delineada… pelo Al-Hilal, levando algum perigo à baliza de Diego Alves. Apesar da pronta resposta do Flamengo, através de Gerson, os sauditas voltaram a ficar perto do golo, valendo a intervenção decisiva do guardião brasileiro à iniciativa de Al Dawsari.
O ‘irrequieto’ extremo não perdoou na segunda ocasião de que dispôs e inaugurou o marcador, concluindo uma jogada bem construída e executada pelos jogadores do Al-Hilal.
O Flamengo não conseguia explanar o futebol que o levou à conquista do ‘Brasileirão’ e da Taça Libertadores, sendo que Everton Ribeiro, De Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa eram ‘presas’ fáceis para a defensiva saudita.
Se a entrada dos ‘rubro-negros’ na primeira parte foi desapontante, o arranque na segunda foi diametralmente oposto. Nem cinco minutos estavam decorridos depois do reatamento e já De Arrascaeta empatava o encontro, após assistência de Bruno Henrique.
Aos poucos, o ‘Fla’ começava a impor-se perante o adversário e Bruno Henrique - que tinha tido uma primeira parte absolutamente desinspirada - tornar-se-ia no principal artífice da reviravolta 'carioca', atacando de ‘rompante’ um cruzamento de Rafinha e dando vantagem aos brasileiros.
Pouco depois, o mesmo Bruno Henrique escapou pela esquerda e, na tentativa de assistir Gabriel Barbosa, viu o central Ali Albulayhi desviar o cruzamento para a própria baliza e praticamente sentenciar a qualificação para a final.
Se as esperanças do Al-Hilal em recuperar já eram ténues, pior ficaram logo de seguida, quando o peruano André Carrillo, antigo jogador de Sporting e Benfica, viu o cartão vermelho direto e deixou os sauditas reduzidos a 10 elementos.
Diego Alves, que já tinha mostrado argumentos na primeira parte, não quis abandonar o relvado sem ‘brilhar’ novamente, desta feita defendendo um livre de Khribin, naquele que foi o ‘canto do cisne’ do Al-Hilal.