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Presidente da SIGA defende maior transparência do mercado de transferências

Emanuel Macedo de Medeiros, presidente da Sport Integrity Global Alliance (SIGA), defendeu hoje que é necessária maior integridade na avaliação dos fluxos financeiros que possibilitam as transferências de jogadores de futebol.

Presidente da SIGA defende maior transparência do mercado de transferências
Futebol 365

Em véspera de se fechar mais um ‘janela de transferências', o presidente da SIGA, em declarações à agência Lusa, à margem de uma conferência sobre Integridade no Desporto, reclamou maior rigor e que seja apurada a origem dos capitais que concretizam muitas das movimentações de jogadores e treinadores.

"Reclamo há mais de 20 anos o conceito de ‘cleaning house', mas vejo sem surpresa que ainda não arrancou. Pergunto: quem é que tem alguma coisa contra maior transparência e maior integridade nos fluxos financeiros que são movimentados em torno das transferências de jogadores e até treinadores?”, questionou.

Emanuel Macedo de Medeiros deixou no ar outras interrogações: “Quem é que tem alguma coisa contra haver maior rigor e transparência sobre os últimos beneficiários de aquisição de sociedades desportivas? Em teoria, ninguém, mas não se avança e diria que se jogamos para o empate arriscamo-nos a perder, havendo sinais evidentes dessas derrotas", advertiu o dirigente.

Apesar das mudanças que advoga serem necessárias, Emanuel Macedo de Medeiros reconheceu que em Portugal se tem caminhado no sentido "correto", ainda que "de forma lenta".

"A tendência é positiva, mas num ritmo lento. Há a perceção de que o estado do futebol não é recomendável, que há reformas a implementar, mas que necessitam da atuação concertada do legislador, Governo e Assembleia da República, das organizações que regem o desporto, ligas e federações, e de todos os restantes agentes envolvidos", resumiu o presidente da SIGA.

Perante problemas que classifica de "complexos, sofisticados e de escala global", Emanuel Macedo de Medeiros congratulou-se pelo facto de Portugal ter na liderança dos principais organismos pessoas "competentes".

"Estão à frente das principais organizações desportivas em Portugal, como a federação, a liga ou o sindicato de jogadores, dirigentes experimentados e com visão, que entendem o sinal dos tempos e estão sensibilizados para esta temática. Com todos será possível posicionar o futebol português no topo em termos de integridade", garantiu.

O presidente da SIGA definiu como linhas de intervenção prioritárias do organismo que tutela a implementação de um conjunto de padrões universais que definam, avaliem e regulem a boa governação, a integridade financeira, a regulação das apostas desportivas e a proteção e formação de jovens desportistas.

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