A World Athletics anunciou hoje a proibição do uso de protótipos de calçado em competições, após uma controvérsia com novos modelos da marca Nike, e a aplicação de um regulamento sobre as características técnicas dos sapatos.
Em causa está o modelo ‘Vaporfly’ da Nike, composto por lâminas de carbono na sola e almofadas de ar, que nos últimos meses permitiu melhorar o desempenho de alguns atletas e a obtenção de novos recordes.
"A partir de 30 de abril de 2020, qualquer sapato deve estar disponível para compra por qualquer atleta no mercado (online ou em loja) por um período de quatro meses, antes de poder ser usado em competições", lê-se num comunicado da World Athletics, antiga IAAF.
O organismo que rege o atletismo mundial acrescentou a existência de um regulamento, que tem em conta o tamanho da sola e número de placas adicionadas à sola, e reforçou que uma equipa de especialistas irá sempre examinar qualquer nova tecnologia, antes de validá-la para competição.
O ‘Vaporfly Next’, modelo usado pela queniana Brigid Kosgei, que recentemente bateu o recorde mundial da maratona, é permitido e poderá ser utilizado no Jogos Olímpicos Tóquio2020, por ter sido comercializado durante vários meses, enquanto o ‘Alphafly’, um protótipo dentro do modelo ‘Vaporfly’, está proibido, já que tem três lâminas de carbono na sola.