O Benfica voltou hoje a falhar a vitória em solo alemão, mas logrou, ainda assim, um positivo empate no reduto do Hertha de Berlim (1-1), em encontro da primeira jornada do Grupo B da Taça UEFA em futebol.
O argentino Angel Di Maria inaugurou o marcador aos 51 minutos, aproximando os “encarnados” de vencerem no reduto de uma formação germânica à 17ª tentativa, mas, aos 73, o sérvio Marko Pantelic, que começou no banco, restabeleceu a igualdade.
Com este resultado, o Benfica fica bem posicionado para conseguir o apuramento (para os três primeiros), já que tem dois jogos em casa, com Galatasaray (06 de Novembro) e Metalist (18 de Dezembro), e apenas mais um fora, face ao Olympiakos (27 de Novembro).
Os “encarnados” poderiam ter conquistado os três pontos, mas, com alguma desorientação após o tento da igualdade, também estiveram em risco de sair sem pontos da Alemanha. O empate acaba por ser o resultado certo, pois nenhuma das formações merecia perder.
Em relação ao “onze” do jogo de domingo da Taça de Portugal, com o Penafiel (vitória por 5-3 na “lotaria” das grandes penalidades), Quique Flores manteve apenas Luisão, Sidnei, Di Maria e Binya, este último porque Yebda se lesionou no aquecimento.
Desta forma, o Benfica entrou em “4-4-2”, com Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Jorge Ribeiro, à frente do guarda-redes Quim, dois “trincos” (Binya e Katsouranis), dois extremos (Di Maria e Reyes) e Nuno Gomes e Óscar Cardozo na frente.
Por seu lado, o Hertha apresentou a mesma equipa que havia batido sábado o Estugarda (2-1), com Drobny na baliza, uma defesa com Chahed, Friedrich, Simunic e Stein, um meio-campo com Dardai, Cícero, Lustenberger e Nicu e um ataque com Raffael nas costas de Voronin.
O encontro começou equilibrado, com a primeira oportunidade a pertencer ao Benfica, logo aos quatro minutos: depois de um passe de Di Maria, Nuno Gomes rematou de fora da área, em posição frontal, e a bola passou a rasar o poste esquerdo, após tabelar em Stein.
A resposta dos locais chegou apenas aos 17 minutos, num remate de Voronin, o jogador que viria a estar nos outros três momentos altos do Hertha, que passou a dominar: Luisão salvou aos 27, com um corte “in-extremis”, e Quim aos 29 e, especialmente, aos 38, ao defender com os joelhos perante o ucraniano, isolado na área por Cícero.
Para a segunda parte, Quique Flores trocou Cardozo por Suazo, que, aos 51 minutos, iniciou a jogada que inaugurou o marcador, ao servir - a meio-campo - Nuno Gomes, para este isolar Di Maria, que, sobre a direita, rematou rasteiro e cruzado para o poste contrário.
O Hertha reagiu bem e Raffael atirou o “empate” por cima da barra, aos 55 minutos, mas o Benfica, mesmo apostando mais no contra-ataque, repôs rapidamente o equilíbrio e ameaçou por duas vezes o segundo, em remates pouco conseguidos de Reyes (61 e 68 minutos).
Já com as substituições esgotadas (Quique Flores apostou em Carlos Martins e Urreta para os lugares de Katsouranis e Reyes), o suplente Pantelic, que havia ameaçado aos 71 minutos, empatou o encontro aos 73, com um grande remate à entrada da área.
Com a igualdade, e apesar de ainda ter criado perigo em mais um contra-ataque conduzido por Di Maria, mal concluído por Carlos Martins, o Benfica ficou desorientado e quase ficou em desvantagem... valeu a pontaria desafinada de Voronin (77 minutos) e Kacar (78).
Nos 10 minutos finais, os “encarnados” conseguiram, porém, repor o equilíbrio e acercaram-se com algum perigo da área contrária, mas sem criarem qualquer ocasião flagrante, tal como o Hertha de Berlim, que também continuou a tentar chegar à vitória.