O Belenenses e o Vitória de Guimarães empataram hoje 1-1, em jogo da sexta jornada da Liga portuguesa de futebol, mantendo-se a tradição dos vimaranenses não vencerem no Estádio do Restelo desde a época de 1994/95.
O colectivo vimaranense, orientado por Manuel Cajuda, que cumpriu o jogo 450º no campeonato português, beneficiou de um auto-golo de José Pedro aos 31 minutos e esteve durante 45 minutos em vantagem – o que possibilitaria igualarem provisoriamente o FC Porto na liderança da competição -, mas não conseguiu segurar a vitória, que lhe escapou aos 76 minutos, numa grande penalidade.
Gregory impediu a progressão de Roncatto e o árbitro Bruno Paixão não teve dúvidas em assinalar o castigo, que José Pedro converteu, redimindo-se da intervenção infeliz que originou o primeiro golo do encontro em que Jaime Pacheco se estreou na Liga ao serviço dos “azuis”, depois da vitória sobre o Amares na Taça de Portugal.
É certo que Jaime Pacheco está a desenvolver o seu trabalho no Restelo apenas há duas semanas, mas já se nota na equipa do Belenenses uma atitude diferente e o empate averbado frente aos vimaranenses acabou por ser inteiramente merecido pela entrega.
Já é notório uma maior articulação entre os sectores e os primeiros lances de ataque do jogo pertenceram aos “azuis, embora tenha sido o Vitória de Guimarães, bem organizado, que criou a ocasião mais flagrante, com Luciano Amaral a rematar à trave, aos 07 minutos, num livre directo marcado na direita do ataque vimaranense.
Na mesma faixa, o Vitória de Guimarães ganhou uma falta aos 31 minutos e o defesa brasileiro endossou a bola para a baliza, com José Pedro a desviar para a sua baliza.
Demonstrando uma força anímica que antes de Jaime Pacheco jamais evidenciou, a equipa do Belenenses reagiu ao golo e até à conclusão do primeiro tempo obrigou a defesa do colectivo vimaranense a redobradas atenções para proteger a baliza de Nilson.
Primeiro foi José Pedro que, aos 38 minutos, ganhou espaço entre Danilo e Gregory e entrou na área, mas o remate não resultou na perfeição e Nilson segurou.
Depois, aos 42 minutos, Sérgio Organista rematou para a defesa de Nilson e na sequência de mais um ataque dos “azuis” João Paulo Oliveira não conseguiu desviar o cruzamento de Cândido Costa.
Dois minutos volvidos, o guarda-redes brasileiro Nilson protagonizou outra defesa a remate do compatriota Wender e manteve a vantagem do Vitória de Guimarães.
As expectativas criadas prometiam, mas não se confirmaram nos minutos iniciais do segundo período do encontro.
Aos 54 minutos, Jaime Pacheco investiu no ataque e retirou Sérgio Organista, pouco empreendedor no sector intermédio, apostando seis minutos depois na troca de um avançado (João Paulo Oliveira) por outro (Roncatto).
O Vitória de Guimarães gozou de espaço e tempo para executar no meio campo e Manuel Cajuda lançou primeiro Marquinhos e depois Wénio na tentativa de privilegiar a rapidez nas contra-ofensivas.
Empenhada em reduzir o prejuízo, a formação do Restelo balanceou-se no ataque e conseguiu restabelecer a igualdade e somar mais um ponto ao parco pecúlio de dois em seis jornadas da Liga.