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Leixões: Humildade e trabalho são os factores de sucesso de José Mota

Humilde e dedicado ao trabalho, o treinador português José Mota regressou este fim-de-semana à glória, após ter conquistado a liderança da Liga de futebol com as cores do Leixões, na sequência do triunfo surpreendente frente ao FC Porto.

Leixões: Humildade e trabalho são os factores de sucesso de José Mota
Futebol 365

A vitória sobre o FC Porto, no Estádio do Dragão, por 3-2, a uma semana de visitar Paços de Ferreira - cidade e clube que acolheram os seus serviços durante os últimos 21 anos, praticamente ininterruptamente -, catapultou José Mota de novo para a fama, ainda que o treinador prefira passar despercebido.

Contactado pela Agência Lusa, o treinador, de 44 anos, não quis assumir o protagonismo neste momento de euforia e disse que as atenções devem ser direccionadas para os jogadores, não para os estrategas do banco de suplentes.

José Mota disse também não desejar falar sobre o seu regresso a Paços de Ferreira, ainda que tenha sido aqui que passou as últimas duas décadas, com dois títulos na Liga de Honra como treinador (um como jogador) e quase 200 jogos no principal campeonato português.

José Albano Ferreira da Mota, nascido a 25 de Fevereiro de 1964, em Lordelo, Paredes, iniciou o seu trabalho como treinador principal do Paços de Ferreira na época 1999/00, conseguindo de imediato o título na Liga de Honra e a consequente subida ao principal escalão.

Antes disso e depois de 10 anos como jogador, Mota tinha sido técnico-adjunto de José Alberto Torres e Eurico Gomes, em 1997/08 e 98/99, respectivamente, também no Paços de Ferreira.

Ao serviço do clube da capital do Móvel, o agora técnico do Leixões, líder a par do Nacional da Madeira, Mota foi capaz do melhor e do pior: conseguiu dois sextos lugares (em 2002/03 e 06/07) e foi incapaz de evitar as descidas de divisão em 03/04 e 07/08, ainda que em esta última se tenha ''aguentado'' na Liga principal, fruto da despromoção administrativa do Boavista.

O técnico, que entrou também para a história em 2006/07, com a conquista de um lugar na Taça UEFA - a primeira e até agora única presença do Paços na Europa do futebol -, decidiu no início de 03/04 tentar uma experiência ao serviço do Santa Clara, então na Liga de Honra, mas acabou por regressar ao ''seu'' clube a meio da época, não evitando a queda para o segundo escalão.

Na época seguinte, 20 vitórias em 34 jogos (apenas cinco derrotas), trouxeram de novo o Paços de Ferreira para a Liga principal, mas a má época de 2007/08 e o consequente desgaste da sua imagem, levaram o presidente a prescindir dos seus serviços.

O convite para orientar o Leixões surgiu logo de seguida e Mota não abdicou do projecto de Carlos Oliveira (presidente) e Vítor Oliveira (director-desportivo).

À frente do Leixões, José Mota cumpriu já seis jornadas, somando quatro vitórias, um empate e uma derrota (3-1, precisamente frente ao Nacional da Madeira).

O triunfo no Dragão, sábado, foi apenas mais uma das inúmeras conquistas de José Mota. Um treinador calmo, tal como tinha sido como defesa-direito e sempre fiel à sua estratégia de futebol de ataque, habitualmente em 4x3x3.

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