O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, afastou hoje o cenário de crise no clube, apesar da derrota frente à Naval 1º de Maio (1-0), na Figueira da Foz, na sétima jornada da Liga de futebol.
No final da segunda derrota consecutiva para o campeonato, a terceira seguida contando com o desaire para a Liga dos Campeões frente ao Dinamo de Kiev, no Dragão (1-0), Jesualdo disse que falar em crise “é forte”, embora tenha lamentado a fase negativa do FC Porto.
“Perdemos dois jogos, é verdade, e isso não devia ter acontecido. Mas falar em crise à sétima jornada, de estar afastado do título ou em campeões, é cedo demais”, disse.
O treinador portista explicou que a sua equipa foi infeliz, já que criou “inúmeras oportunidades de golo” para chegar “ao intervalo em vantagem”.
“Não podemos por em causa a forma como a equipa trabalhou. Criámos ocasiões suficientes e devíamos ter marcado. Na segunda parte, a Naval entrou melhor e sofremos um golo esquisito, à semelhança do que tem acontecido”, adiantou.
Jesualdo disse também não ter nada a apontar aos jogadores e revelou que a vitória dos figueirenses premeia o esforço dos atletas orientados por Ulisses Morais.
“Este cenário (duas derrotas consecutivas) não devia acontecer e, provavelmente, não acontece há muitos anos. Agora vamos continuar a trabalhar, no sentido de ganhar um jogo para a equipa regressar à estabilidade”, frisou.
O uruguaio Cristian Rodriguez, por outro lado, apelou à união dos jogadores e mostrou-se insatisfeito pelos acontecimentos que se seguiram à derrota com o Leixões, na sexta jornada da Liga, sendo que o ex-benfiquista foi uma das vítimas da ira dos adeptos.
“Estamos num momento complicado. Agora, mais do que nunca, temos de estar unidos e tentar voltar a ganhar. Estamos a passar um momento mau, mas o FC Porto é grande e vai recuperar”, afirmou.
O treinador da Naval 1º de Maio, Ulisses Morais, explicou que a sua equipa foi “inteligente” e saudou os seus jogadores por um triunfo “importante e justo”.
“Embora o FC Porto tenha tido mais posse de bola, soubemos investir nos ataques rápidos e na organização. Estou muito optimista quanto ao futuro desta equipa. No entanto, é preciso alertar que, embora estejamos hoje a viver um momento de felicidade, temos de pensar já nos próximos jogos”, considerou Ulisses Morais.