Crónica: Belenenses SAD vence Marítimo e dá importante passo para manutenção

Licá, aos 39 minutos, apontou o único golo de uma partida em que o Marítimo até foi superior, com várias oportunidades para sair do Estádio Nacional com outro resultado, mas acabou por manter o registo negativo de apenas uma vitória fora do seu reduto, nos últimos 12 encontros.

Depois de uma vitória por 2-1 no Bessa, a equipa de Petit, que reencontrou uma formação que orientou na época transata, ‘fugiu’ ainda mais aos lugares de despromoção, subindo provisoriamente ao 14.º lugar, com 24 pontos, igualando o Marítimo, 12.º, na tabela classificativa, juntamente com o Tondela, 13.º.

A etapa inicial da partida foi aborrecida, com poucas oportunidades dignas de registo, mas com algum ascendente do Marítimo, materializado em remates do japonês Daizen Maeda (11 e 16 minutos) e de Xadas (22), principais ‘setas’ apontadas à baliza de André Moreira.

O ritmo implementado pelas duas formações aumentou ligeiramente a partir da primeira meia hora e a ocasião mais flagrante dos insulares chegou aos 35 minutos, numa falha incrível de Correa, que apanhou, no ar, uma bola no limite da pequena área, fazendo o mais difícil e atirando por cima.

Apesar das tentativas maritimistas, foi o Belenenses SAD quem chegou à vantagem, por Licá, aos 39, que efetuou uma excelente receção de bola a um passe longo do angolano Show e, num remate cruzado e rasteiro, desfez o nulo pouco antes do descanso.

No segundo tempo, o Marítimo voltou a entrar melhor e Xadas ameaçou, aos 47, com um remate que levou perigo à baliza de André Moreira, passando perto do poste direito.

Já depois de Tiago Esgaio sair lesionado, obrigando Petit a ‘mexer’ e a colocar o experiente Marco Matias em campo, o avançado Cassierra rematou à figura de Amir, aos 64, num jogo que ficou mais intenso e ‘partido’.

José Gomes percebeu que o ataque dos ‘verde rubros’ não estava a resultar e retirou de campo Daizen Maeda e o ‘apagado’ Rodrigo Pinho, numa altura em que Joel Tagueu já tinha entrado, tendo uma grande chance de igualar a partida, mas o cabeceamento saiu rente à trave.

Aos 74, o Marítimo voltou a ‘mirar’ a baliza contrária, desta feita por Rúben Ferreira, com André Moreira a segurar o remate, numa altura em que o Marítimo exercia uma forte pressão e intensidade, mas apenas Joel Tagueu conseguia assustar os ‘azuis’, com mais um remate, aos 86, a não levar a direção desejada, por poucos centímetros.

A muita posse de bola do Marítimo revelou-se ineficaz pelas escassas vezes em que a bola invadiu a área do Belenenses SAD, que podia ter ‘matado’ a partida já em tempo de descontos, por Marco Matias, mas Amir segurou a derrota insular pela margem mínima, que penaliza o trabalho dos forasteiros, sobretudo na segunda parte.