Taça Portugal: Silvestre Varela coloca Amadora na quinta eliminatória

Numa semana em que o treiandor do Estrela, Lito Vidigal, disse ter nas mãos uma bomba-relógio, denunciando que alguns jogadores já não tinham dinheiro para comer, a equipa do Estrela fez nova prova de profissionalismo e seguiu em frente na Taça.

A equipa do Estrela foi mais feliz, ao aproveitar uma rara oportunidade, aos 79 minutos, por Silvestre Varela, que, numa jogada de insistência, conseguiu bater o guarda-redes da Briosa e o defesa Pedrinho. Em grande destaque, esteve também o guardião Nelson que defendeu tudo o que havia a defender.

Num ambiente desolador, com menos de mil espectadores (a pior assistência desta época) nas bancadas, foram precisos 17 minutos para se ver um remate à baliza, por intermédio de Éder, mas muito ao lado da baliza de Nélson.

Dois minutos depois, Mustafá criou perigo pela primeira vez, cabeceando ao lado da baliza de Pedro Roma, mas o jogo manteve-se adormecido e só depois da meia-hora se sentiu nova agitação.

Cléber atirou ao poste e, na recarga, Lito obrigou Nelson a uma defesa de recurso, um minuto depois de Celestino ter posto à prova os reflexos de Pedro Roma, obrigando-o a desviar com os punhos uma ''bomba''.

Perto do intervalo, aos 43 mintutos, Edson obrigou também Nelson a uma grande defesa para canto, na transformação de um livre fora da grande área, mas o marcador manteve-se em branco.

Na segunda metade, também dominada pela monotonia, mas com ascendente da Académica, Carlos Aguiar, aos 53 minutos, centrou bem para Sougou desperdiçar, enquanto Cléber e o recém-entrado Garcès ainda ameaçaram as redes de Nelson.

Ao contrário do todos os anteriores, Silvestre Varela não falhou e marcou o golo decisivo deste encontro da quarta eliminatória.

Até ao fim, existiu um Nelson ''salvador'', que evitou que o jogo fosse para prolongamento, desviando os remates de grande perigo de Licá e Lito.