A Associação Europeia de Clubes (ECA) manifestou hoje apoio à decisão da UEFA de adiar o Euro2020 para 2021, devido à pandemia de Covid-19, com o pressuposto de possibilitar o encerramento das competições nacionais e internacionais desta época.
O Comité Executivo da UEFA anunciou hoje o adiamento do Euro2020, com a seleção portuguesa a defender o título entre 11 de junho e 11 de julho do próximo ano, devido à pandemia de Covid-19.
A UEFA adiou a fase final do torneio continental também para permitir a conclusão dos campeonatos nacionais dos vários países europeus, cuja esmagadora maioria está suspensa, a fim de conter a propagação do novo coronavírus.
“A decisão foi tomada após um envolvimento profundo e regular entre a UEFA, ECA e outras partes interessadas, e é tomada com o único objetivo de minimizar o impacto negativo da Covid-19 no futebol europeu e na sociedade como um todo”, refere o organismo, em comunicado.
Nos próximos dias e semanas, o ECA irá participar ativamente no grupo de trabalho coordenado pela UEFA, encarregue de desenvolver e moldar os aspetos práticos da elaboração de um calendário para terminar a época 2019/20.
“Além do foco imediato ao redor do jogo, é importante reiterar o compromisso total do futebol europeu em apoiar todos os esforços para combater a propagação do novo coronavírus e o seu impacto na sociedade”, acrescenta o comunicado.
O presidente da ECA e da Juventus, o italiano Andrea Agnelli, disse que a decisão de adiar o Euro2020 é “um testemunho da unidade e dos esforços colaborativos de todas as partes interessadas na tomada das melhores decisões para o futebol”.
“A Europa está a enfrentar o maior desafio desta geração, que está a impactar todos os níveis da sociedade, incluindo o futebol. O desafio é enorme e nós, como líderes, temos a responsabilidade de fazer todo o possível para proteger o futebol, mitigando o impacto do vírus”, disse.
Ainda de acordo com Agnelli, “o foco está agora em encontrar soluções para concluir a temporada de 2019/20 da maneira mais prática e, além disso, garantir que o futebol, como a sociedade como um todo, retorne o mais rápido possível à sua forma e ritmo naturais”.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal há 448 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.