A administração da Transtejo e da Soflusa informou hoje que vai implementar “horários de serviços mínimos” a partir de segunda-feira em todas as ligações fluviais no rio Tejo, não sendo necessária a validação do título de transporte.
Em comunicado, a administração das duas empresas indicou que os novos horários “foram definidos tendo em conta o cumprimento do limite de passageiros transportados em cada viagem” (um terço da lotação do navio), de forma a “garantir a indispensável distância social de segurança entre passageiros e tripulações”.
A medida faz parte do plano de contingência das duas empresas para contenção da covid-19 e visa “ajustar a oferta ao estado de emergência do país”.
Neste sentido, a administração decidiu também desbloquear os torniquetes de acesso ao embarque em todos os terminais e estações fluviais, “com o objetivo de limitar ao máximo o contacto de cada passageiro com equipamentos e superfícies”.
“A partir de 23 de março [segunda-feira], deixa de ser obrigatória a validação do título de transporte e o passageiro tem apenas de empurrar o torniquete, com o corpo, para poder entrar na sala de embarque”, explicou.
O plano de contingência Transtejo e Soflusa entrou em vigor em 05 de março, com medidas como a “desinfeção de todos os terminais, estações e frota”, o reforço da limpeza de superfícies, o encerramento das bilheteiras e a distribuição de solução gel desinfetante nos navios.
Segundo a administração, até hoje “não se registou qualquer caso suspeito relacionado com passageiros nem foi reportado qualquer caso suspeito relacionado com trabalhadores”.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão a Lisboa, enquanto a Soflusa garante a travessia entre o Barreiro e o Terreiro do Paço (Lisboa).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.
O número de mortos no país subiu para seis.