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Alemanha envia aviões para repatriar 1.300 alemães retidos na Cidade do Cabo

A Alemanha enviou hoje quatro aviões para retirar cerca de 1.300 cidadãos alemães retidos a bordo do navio de cruzeiro AIDAmira, atracado na Cidade do Cabo, anunciou fonte governamental sul-africana.

Alemanha envia aviões para repatriar 1.300 alemães retidos na Cidade do Cabo
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As aeronaves fretadas pelo Governo alemão, sem passageiros e apenas com respetiva tripulação a bordo, partiram esta tarde rumo à Cidade do Cabo para a missão de retirada dos turistas alemães, disse o ministro dos Transportes sul-africano, Fikile Mbalula em comunicado citado na imprensa local.

"Os mais de 1.700 passageiros e tripulação do AIDAmira não puderam desembarcar desde segunda-feira, 16 de março de 2020, após ter sido identificado que alguns dos passageiros estiveram em contacto com uma pessoa que apresentava sintomas do novo coronavírus", salienta Mbalula citado pela imprensa sul-africana.

Mbalula adiantou que todos os passageiros a bordo do AIDAmira testaram negativo nas análises à covid-19, e que a operação de evacuação está a ser coordenada pela Embaixada da Alemanha na África do Sul.

O governante sublinha que a tripulação das aeronaves não está autorizada a desembarcar e que os cidadãos alemães serão escoltados diretamente do navio para os respetivos aviões.

A África do Sul autorizou na quinta-feira a saída do cruzeiro com mais de 1.700 pessoas a bordo, na maioria alemães, depois de ter impedido a saída dos passageiros devido a suspeitas de que alguns estivessem infetados com Covid-19.

O navio de cruzeiro de bandeira italiana MV AIDAmira partiu na sexta-feira da cidade namibiana de Walvis Bay com destino à Cidade do Cabo, tendo atracado no domingo com seis passageiros a bordo, que partilharam um voo com um dos marinheiros que revelou sintomas do novo coronavírus, disse a empresa pública gestora dos portos sul-africanos, Transnet.

A África do Sul anunciou hoje 52 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando para 202 o total de casos positivos em seis províncias do país.

O Presidente da República sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou no domingo medidas sem precedentes, como o encerramento parcial de fronteiras, a suspensão das aulas, a proibição de entrada para estrangeiros de países de elevado risco de infeção da Covid-19 e o cancelamento de qualquer evento público e privado para mais de 100 pessoas.

O Governo proibiu também a entrada de navios de passageiros e de cruzeiro nos portos sul-africanos, com efeito imediato.

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