O diretor-geral da Saúde francês, Jérôme Salomon, anunciou hoje que o país tem 16.018 casos de covid-19, 674 mortos e que uma destas vítimas mortais é um médico infetado com o vírus.
Há 7.240 pessoas hospitalizadas e 1.746 destes pacientes estão nos cuidados intensivos, um número que Salomon compara ao nível total de um pico de gripe durante cerca de três a quatro meses.
Jérôme Salomon repetiu que a pandemia "continua a agravar-se no país" e que alguns pacientes em estado grave de uma das regiões mais afetadas, o Grand Est, estão a ser transferidos para hospitais na Alemanha, Suíça e Luxemburgo. Salomon lamentou ainda a morte do primeiro médico contaminado com este vírus em França.
Em termos de pesquisa, o diretor-geral da Saúde indicou que está a ser desenvolvido um novo teste para verificar a presença de anticorpos à covid-19 e também estão a ser desenvolvidos vários protocolos de tratamento para encontrar um tratamento eficaz para esta doença.
Ao lado de Jérôme Salomon, na conferência de imprensa diária, esteve Alain Thirion, diretor geral da Segurança Civil e Gestão de Crises, que veio falar dos controlos impostos durante o período de quarentena.
Desde dia 16 de março, início da quarentena, já foram controladas 1.7 milhões de pessoas e já houve registo de 91.824 infrações, que deram origem a multas.
Alain Thirion anunciou ainda um reforço das sanções. A multa para quem não respeita este período de quarentena é de 135 euros, mas caso uma pessoa cometa duas infrações, Thirion avisou que multa pode ir até 3.700 euros e 6 meses de prisão. Também os polícias municipais vão poder começar a fazer controlos.
Esta noite, o Parlamento francês aprovou ainda o estado de emergência sanitário proposto pelo Governo. Este estado de emergência estará em vigor durante dois meses.