Mais de 150 passageiros e elementos da tripulação do navio de cruzeiros que acostou no domingo no porto de Lisboa são repatriados hoje à tarde, num voo para Marselha (França), anunciou o Ministério da Administração Interna (MAI).
Numa nota, o MAI informa que as 152 pessoas, 62 das quais elementos da tripulação, seguirão hoje num voo que parte do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, pelas 14:00.
As pessoas serão escoltadas até ao aeroporto, tal como aconteceu com os outros 1.015 passageiros (cidadãos estrangeiros) que na terça-feira foram conduzidos ao aeroporto de Lisboa, sendo depois repatriados ao longo do dia em quatro voos: dois para a Alemanha, um para o Brasil e outro para o Reino Unido.
O navio de cruzeiros MSC Fantasia tinha 1.338 passageiros a bordo, maioritariamente da União Europeia, Reino Unido, Brasil e Austrália.
Destes, 27 cidadãos (20 portugueses e sete titulares de Autorização de Residência em Portugal) desembarcaram na segunda-feira. No mesmo dia, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelou que um dos passageiros portugueses testou positivo à covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Na terça-feira desembarcaram outros 1.015 e, hoje à tarde, serão conduzidas ao aeroporto de Lisboa outras 152 pessoas. Permanecem no navio 144 passageiros.
Esta operação, que decorre em articulação com diversas embaixadas dos vários países, envolve a Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a Polícia de Segurança Pública, a Autoridade Nacional da Aviação Civil, a Direção Geral da Saúde, a Polícia Marítima, a Autoridade Tributária e Aduaneira e a ANA - Aeroportos de Portugal.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados da Covid-19 foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Os últimos dados da Direção-Geral da Saúde indicam que foram registadas 33 mortes associadas à doença e há 2.362 infeções confirmadas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.