A EDP Brasil doou seis milhões de reais (1.10 milhões de euros) à organização social Comunitas para a compra de ventiladores destinados a hospitais públicos de São Paulo, o estado brasileiro mais afetado pelo novo coronavírus.
"Com esta iniciativa, a EDP será responsável pela oferta de 25% de todos os ventiladores necessários para responder às necessidades das Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) dos hospitais públicos do estado de São Paulo nesta primeira fase de reforço", indicou hoje a companhia em comunicado.
O material será entregue a hospitais públicos indicados pelo governo estadual de São Paulo, visando auxiliar a gestão pública no controlo da pandemia do coronavírus.
O número de casos positivos do novo coronavírus no Brasil ultrapassou na terça-feira os dois mil, com o país a registar 2.201 infetados e 46 mortos, informou o Ministério da Saúde brasileiro.
São Paulo é o estado brasileiro mais afetado pelo coronavírus, contabilizando 40 mortos e 810 infetados. Segue-se o Rio de Janeiro com seis óbitos e 305 casos confirmados de infeção.
Assim, o sudeste brasileiro, que engloba São Paulo e Rio de Janeiro, é a região com o maior número de infetados, totalizando 1.278 casos confirmados da Covid-19.
Os ventiladores, que serão comprados através das doações à instituição sem fins lucrativos Comunitas, são equipamentos essenciais para a sobrevivência e recuperação de pacientes em estado grave devido à Covid-19.
Até ao momento, a campanha da organização social Comunitas arrecadou 23,4 milhões de reais (cerca de 4,3 milhões de euros) com a ajuda de 150 empresas.
"O montante doado pela EDP, o maior entre as instituições participantes desta ação, permitiu à organização atingir a sua meta para aquisição de recursos, possibilitando a compra conjunta de 345 ventiladores", sublinhou o comunicado.
Para o presidente da EDP no Brasil, Miguel Setas, a gravidade do momento "exige das instituições privadas uma postura de cooperação com os esforços governamentais e sociais no combate ao novo coronavírus".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.