O Nobel da Literatura Bob Dylan lançou hoje uma nova canção, intitulada «Murder Most Foul», de quase 17 minutos, sobre o assassinato do presidente norte-americano John F. Kennedy.
A canção foi publicada em várias plataformas, acompanhada por uma mensagem do músico de 78 anos: “Saudações aos meus fãs e seguidores com gratidão por todo o apoio e lealdade ao longo dos anos. Esta é uma canção inédita gravada há algum tempo que podem achar interessante”.
Dylan despede-se com um “mantenham-se seguros e que Deus esteja convosco”, numa altura em que também o músico viu concertos cancelados devido à pandemia de covid-19, em particular as atuações previstas para abril no Japão.
Primeiro material novo desde a edição de “Tempest”, de 2012, não é especificado quando foi gravada a canção “Murder Most Foul”.
“Era um dia sombrio em Dallas, Novembro de ‘63/Um dia que viverá na infâmia”, dizem os primeiros versos da canção, que mais à frente refere: “O dia em que rebentaram os miolos do rei/Milhares estavam a assistir; ninguém viu nada/Aconteceu tão rapidamente, tão rápido, de surpresa/Ali mesmo diante dos olhos de toda a gente”.
O mais recente disco de Dylan data de 2017, de nome "Triplicate", o primeiro triplo álbum de carreira, com 30 versões de clássicos da música norte-americana, mas nos últimos anos tem vindo também a publicar álbuns com gravações ao vivo de muitos dos concertos que tem dado nas últimas décadas.
Bob Dylan foi distinguido em 2016 com o Nobel da Literatura por "ter criado novas formas de expressão poéticas no quadro da grande tradição da música americana".