O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, anunciou esta tarde a continuação da quarentena por mais duas semanas a partir da próxima terça-feira, estendendo-se assim até 15 de abril.
"É claro que estamos apenas no início da vaga epidémica [...]. E, por isso, com o acordo do Presidente da República, anuncio hoje a renovação do período de confinamento por duas semanas suplemantares", disse Philippe, dando ainda a entender que este período pode voltar a ser prolongado caso haja necessidade.
Durante esse período, as regras a aplicar serão as mesmas que atualmente, assim como as motivações para sair de casa - trabalho, compras ou farmácia, idas ao médico em urgência, auxílio à família, curtas saídas para exercício físico e ainda intimações por parte das autoridades.
Para circularem na via pública, os franceses precisam de se fazer acompanhar de uma declaração, disponível no site do ministério do Interior, que eles próprios preenchem e onde justificam a saída, declarando por sua honra que não estão a violar as regras em vigor, e que terão de mostrar se abordados pelas autoridades.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
O continente europeu, com mais de 292 mil infetados e quase 16 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até quinta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.858, entre 64.059 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são desde quinta-feira o que tem maior número de infetados (mais de 85 mil).Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.378 mortes reportadas (32.332 casos), a França, com 1.696 mortes (29.155 casos), e os Estados Unidos, com 1.178 mortes.