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Covid-19: Mais de 7.200 moçambicanos regressaram da África do Sul na quinta-feira

Um total de 7.235 moçambicanos atravessaram na quinta-feira a fronteira de Ressano Garcia com a África do Sul, no sul de Moçambique, uma «avalanche» explicada pelo recolher obrigatório de 21 dias decretado pelo Governo sul-africano devido à pandemia de covid-19.

Covid-19: Mais de 7.200 moçambicanos regressaram da África do Sul na quinta-feira
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Pedro Pene, chefe do posto de migração de Ressano Garcia, disse hoje aos jornalistas que, ainda assim, o fluxo de moçambicanos que voltaram para Moçambique reduziu drasticamente de quinta-feira para sexta-feira.

“Acho que a maioria dos nossos compatriotas que queria regressar voltou na quinta-feira. Hoje o movimento reduziu muito”, afirmou.

Na quinta-feira, Ressano Garcia tinha cerca de mil emigrantes por hora a tentar passar para o lado moçambicano, mas hoje não ultrapassavam os cem, acrescentou Pedro Pene.

Para assegurar que todos os emigrantes que entram em Moçambique fazem a medição de temperatura para efeitos de testagem da covid-19, é distribuída uma senha sem a qual não há autorização de entrada, acrescentou Pedro Pene.

Em Moçambique, o número de infeções pelo novo coronavírus mantém-se em sete e as autoridades pedem o reforço das medidas de prevenção, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

“Nas últimas 24 horas, foram testados 41 casos e todos foram negativos. Portanto, continuamos com um registo de sete casos, dos quais seis são importados e um é de transmissão local”, declarou Rosa Marlene, diretora de Saúde Pública, no balanço do Ministério da Saúde, em Maputo, capital do país.

A África do Sul, um dos países que partilha a maior extensão de fronteira com Moçambique, registou oficialmente hoje os primeiros dois mortos pelo novo coronavírus e ultrapassou os mil infetados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 572 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 26.500.

Dos casos de infeção, pelo menos 124.400 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

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