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O primeiro-ministro checo, Andrej Babis, aconselhou o Presidente dos EUA, Donald Trump, a tornar obrigatório o uso de máscaras no seu país, para impedir a propagação do novo coronavírus.
“Sr. Presidente @realDonaldTrump, tente atacar o vírus à maneira checa”, escreveu Babis, na sua conta da rede social Twitter, cuja estratégia de combate à crise sanitária tem sido criticada no seu próprio país.
“Usar uma máscara simples de pano reduz a propagação do vírus em 80%! A República Checa tornou o seu uso obrigatório para a população”, acrescentou o líder checo, cujo país registou 2.663 casos confirmados de infeção e 13 mortes, de acordo com um relatório oficial hoje divulgado.
Nos Estados Unidos, o número de casos positivos de covid-19 já ultrapassou os 125.000 e o número de mortes ultrapassou 2.000.
O primeiro-ministro checo não explicitou quais os dados científicos que sustentam a vantagem do uso de máscara de pano, para reduzir a contaminação, e há poucos dados sobre o assunto.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda reservar o uso de máscaras apenas para pessoas infetadas e para os cuidadores em situação de risco.
Contudo, na China, as autoridades impuseram o uso de máscaras em público, na cidade de Wuhan, o local de origem da pandemia.
No início deste mês, o Governo de Andrej Babis foi criticado por não ter disponibilizado máscaras suficientes, levando milhares de pessoas a utilizar as suas máquinas de costura para produzir as suas próprias proteções, neste país de cerca de 10 milhões de habitantes.
As reações à mensagem de Babis no Twitter foram rápidas, com muitas pessoas a criticarem a atitude do primeiro-ministro checo.
“Sim, você tornou obrigatório (como Taiwan), mas não nos forneceu uma única máscara”, escreveu uma cidadã checa.
A República Checa fechou as suas fronteiras e decretou o encerramento de escola e da maioria das lojas, para procurar retardar a propagação de covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 134.700 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
