Pelo menos 148 cidadãos são-tomenses que se encontravam em quarentena obrigatória, distribuídos em quatro centros criados pelo Governo, foram autorizados a regressar a casa, anunciou hoje o primeiro-ministro do país.
Jorge Bom Jesus visitou um grupo de 86 desses cidadãos que cumpriam quarentena no hotel Miramar, no centro da capital, horas antes de serem autorizados a abandonar a instalação.
"Receberam-me muito bem, até porque está um ambiente de descompressão. Como entenderão, 15 dias depois de saber que dentro de poucas horas vão ser libertos entre aspas, é um sentimento de muita euforia", disse Jorge Bom Jesus.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe justificou esta visita com a necessidade de "testemunhar a gratidão relativamente à forma como este primeiro grupo de quarentena se comportou".
"Foi uma atitude de cidadania, de sacrifício, de interiorização e de responsabilidade que todos nós devemos ter relativamente a uns e outros", considerou o governante, elogiando o comportamento destes 148 cidadãos como "os heróis deste processo".
"É um sacrifício por um bem maior que é a vida do povo de São Tomé e Príncipe, deram uma lição de cidadania que nós vamos precisar nos próximos tempos, sobretudo essa capacidade de resiliência, o espírito de coesão social e de unidade nacional demonstrado", explicou o chefe do executivo.
Jorge Bom Jesus quer contar com apoio deste grupo de cidadãos para serem "os nossos primeiros sensibilizadores das suas famílias, amigos e da sociedade em geral".
O primeiro ministro agradeceu também os representantes dos todos os setores envolvidos, particularmente, dos ministérios da saúde e da defesa e ordem interna, incluindo o Presidente da República.
Fonte do Ministério da Saúde indicou que permanecerão em quarentena apenas dois cidadãos que regressaram, em 01 de abril, no voo da DHL que trouxe equipamentos e materiais da Organização Mundial da Saúde.