Três em cada quatro brasileiros preferem manter-se em casa para enfrentar a pandemia de covid-19, ao contrário da posição do Presidente do Brasil, que se opõe ao isolamento e às restrições no país, segundo uma sondagem da Datafolha divulgada hoje.
A pesquisa mostrou que a maioria (76%) dos brasileiros disse preferir ficar em casa para impedir que o vírus se espalhe, mesmo que isso signifique prejudicar a economia e causar desemprego.
Apenas 18% dos entrevistados afirmaram que é mais importante acabar com o isolamento para estimular a economia do país. Outros 6% disseram não saber.
Sobre a abertura das lojas, 65% disseram ser a favor da manutenção das restrições e apoiam que as atividades se restrinjam ao funcionamento do comércio e dos serviços essenciais, tais como farmácias, mercados, transporte público e postos de gasolina. Outros 33% disseram que as lojas devem ser reabertas e 2% alegaram não saber opinar.
No Brasil está em vigor uma quarentena que impede a circulação de pessoas, mas não é proibido que elas saiam de casa. Vigoram apenas restrições sobre a abertura de comércios e empresas de serviços voltados ao público e a recomendação de que as pessoas permaneçam em casa.
Segundo o Instituto Datafolha, foram ouvidas 1.511 pessoas excecionalmente por telefone, devido à pandemia.
O último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro no domingo indicou que o país teve 486 mortes causadas pela covid-19 e já confirmou 11.130 casos da doença.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.