A Organização das Nações Unidas pediu hoje esforços ao Governo do Mali para reduzir a violência no centro do país e a cooperação de todos os Estados-membros na missão de paz da ONU naquele país, MINUSMA.
Num comunicado de imprensa publicado hoje pelo Conselho de Segurança, após uma videoconferência, a ONU pediu a cooperação dos Estados-membmros com “capacidades necessárias para o sucesso deste plano” e reiterou a necessidade de que as implicações financeiras do plano da MINUSMA sejam “examinadas por corpos relevantes da Assembleia Geral”.
As declarações foram publicadas hoje depois de uma videoconferência dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança com o chefe da MINUSMA, Mahamat Saleh Annadif e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali.
O orçamento aprovado entre julho de 2019 e 2020 da missão de paz, constituída por 15.441 pessoas, (dos quais mais de 11.620 militares e 1.420 civis), requer mais de 1,220 mil milhões de dólares (1,200 mil milhões de euros), a maior parte destinada para a manutenção da missão.
Mahamat Saleh Annadif informou o Conselho de Segurança que a missão tem uma “cooperação exemplar” com o Governo do Mali, perante ordens como o recolher obrigatório das 09:00 às 17:00 ou a suspensão dos voos comerciais desde 19 de março, para conter a pandemia covid-19.
A MINUSMA segue agora um plano de contingência que possibilita continuar o trabalho em casa e que os voluntários sejam enviados para os respetivos países de residência, para trabalhar remotamente.
O Mali regista hoje 56 casos positivos de covid-19, dois dos quais em membros da missão de paz, e cinco mortos.
Segundo Mahamat Saleh Annadif, a MINUSMA criou bases temporárias “em redor de localidades sensíveis” e de risco de segurança, no centro do país e dá apoio logístico às operações da Força Conjunta do G5 Sahel, constituída pelas forças armadas nacionais dos países da sub-região africana e da França.