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Covid-19: Penafiel entra ‘lay-off’ e presidente elogia jogadores e critica sindicato

O presidente do Penafiel, António Gaspar Dias, justificou hoje a decisão de o clube da II Liga avançar para ‘lay-off’ com a falta de um acordo generalizado para as equipas, criticando o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).

Covid-19: Penafiel entra ‘lay-off’ e presidente elogia jogadores e critica sindicato
Futebol 365

Todos percebemos que estamos numa pandemia e toda a gente deve contribuir um bocadinho. Para se manter os postos de trabalho, temos todos de abdicar um pouco das nossas receitas, para não ser terra queimada no regresso. Dos funcionários do clube, incluindo os jogadores, senti a responsabilidade que o sindicato [SJPF] deveria ter e não teve", disse António Gaspar Dias à agência Lusa.

Os campeonatos profissionais em Portugal estão suspensos devido à pandemia de covid-19.

Gaspar Dias, que é também o presidente da SAD, assegurou que a decisão agora tomada no Penafiel visa "salvaguardar os postos de trabalho e da empresa" e contou com "a abertura necessária" dos funcionários, após uma conversa mantida com todos eles.

"Avançámos para um ‘lay-off’ simplificado com redução do horário de trabalho [os salários são cortados em um terço, salvo as exceções previstas na lei]”, confirmou, numa decisão que acredita será seguida por outros clubes, ‘órfãos’ de um acordo que esperavam poder ser balizado pelo Sindicato (SJPF), Liga de clubes e também Federação Portuguesa de Futebol.

Este mecanismo de salvaguarda previsto na lei pode ser renovado por 30 dias, até ao limite máximo de 90 (dias). Gaspar Dias torce para que haja tempo de retomar os campeonatos.

"Quero acreditar que sim, que vamos voltar a jogar esta época, pois há muitos postos de trabalho em causa. De contrário, temo que muitos clubes vão à falência e, sinceramente, não veria um futuro grande ao futebol", concluiu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

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