O secretário de Estado da Saúde defendeu hoje que é necessária uma «resposta firme, determinada» e sem hesitações à pandemia, independentemente das oscilações da curva nacional, para impedir «prolongar o que ninguém quer se se prolongue».
“A curva portuguesa pode ter oscilações, mas a nossa resposta tem de ser firme e determinada. Não podemos vacilar, sob pena de prolongar o que ninguém quer que se prolongue mais do que o estritamente necessário”, frisou António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária de balanço sobre a epidemia.
Para o governante, “Portugal só vence esta difícil provação com o empenho de todos e todos são necessários”, sejam “profissionais de saúde, autarcas, IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social], setor social ou sociedade civil”.
“Temos a obrigação de estar à altura do que o país espera e precisa e que só em conjunto conseguiremos vencer”, disse.
O governante assegurou que os lares de idosos foram preocupação do Governo “desde início”, desde logo com a “proibição de visitas”, vincando que, “neste momento, estão a ser feitas centenas de testagens a utentes e profissionais de lares de todo o país”.
Segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se em Portugal 380 mortes provocadas pela covid-19, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos confirmados de infeção, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.