A diretora-geral da Saúde afirmou hoje que o cordão sanitário ao município de Castro Daire, distrito de Viseu, não se justifica, sendo apenas necessário reforçar a contenção junto da população.
Na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia da covid-19, Graça Freitas comunicou que a autoridade de saúde e o município concordaram que, neste momento, não há necessidade de estabelecer um cordão sanitário no município.
“Do acordo entre a autoridade de saúde que promoveu a avaliação do risco e a autarquia, chegou-se à conclusão de que em Castro Daire o que era necessário de facto era reforçar junto da população a necessidade de manter o distanciamento social e reforçar também a necessidade de manter encerrados determinados estabelecimentos”, adiantou.
A possibilidade tinha sido avançada pela própria diretora-geral da Saúde, que durante a conferência de imprensa de quinta-feira afirmou que o cordão sanitário ao município de Castro Daire estava a ser “equacionado em articulação entre as autoridades de saúde, as autoridades municipais e o mecanismo de proteção civil”.
Graça Freitas adiantou, no entanto, que a situação no concelho, que conta hoje com 64 casos confirmados, vai continuar a ser acompanhada pelas autoridades de saúde e pela autarquia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 435 mortes, mais 26 do que na véspera e 15.472 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.516 em relação a quarta-feira.
Dos infetados, 1.179 estão internados, 226 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 233 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.