O treinador Jesualdo Ferreira considerou hoje que ''mais trabalho, confiança e capacidade de sofrimento'' podem levar o FC Porto à liderança da Liga de futebol e à conquista de novo o título de campeão.
''Fizemos uma primeira parte de campeonato pior do que nas últimas épocas e os adversários fizeram uma prova melhor. A responsabilidade de não estarmos em primeiro é nossa. Precisamos de mais trabalho, confiança e capacidade de sofrimento'', vincou.
Embalados por sete vitórias consecutivas numa série de nove jogos sem perder, os portistas parecem ter reencontrado o trilho do êxito, mas o treinador ambiciosa bem mais: ''O patamar em que nos encontramos está longe daquele que esta equipa pode atingir''.
''O futuro tem de ser diferente, com melhor rendimento, mais continuidade e maior capacidade de controlo dos nossos jogos e das nossas emoções'', justificou.
Apesar de ambicionar sempre mais e melhor, Jesualdo lembra, no entanto, que o FC Porto é a única equipa nacional que mantém intactos os seus objectivos nas quatro provas em que participa, nomeadamente Liga, Liga dos Campeões, Taça de Portugal e Taça da Liga.
Em seu entender, é um ''esforço'' considerável para um grupo que deve ser rentabilizado com uma ''gestão criteriosa''.
''Queremos os jogadores em condições de poder disputar as quatro provas com o objectivo de ganhar'', vincou.
Domingo, os ''dragões'' recebem o Marítimo, com os olhos na liderança: têm de vencer a equipa madeirense esperar que o Benfica ''tropece'' segunda-feira na recepção ao Nacional, o outro conjunto do Funchal.
''Não encontramos neste cenário de nove vitórias consecutivas [oito vitórias e a eliminação do Sporting da Taça nos penaltis]mais motivação do que aquela a que o estatuto do FC Porto nos obriga em qualquer jogo. Restam três jornadas na primeira volta e perseguimos o primeiro lugar. À medida que nos vamos aproximando dos nossos objectivos, mais nos vamos moralizando. Estamos a aproximar-nos dos líderes e queremos chegar rapidamente ao comando da Liga'', frisou.
Jesualdo Ferreira quer acalmar o clima de euforia em torno da equipa nos últimos jogos, lembrando que o Marítimo é um ''adversário difícil'' e que a partida de domingo ''não vai ser uma festa''.
No final do encontro, a paragem de Natal no campeonato: ''Sou favorável a uma pausa. Temos seis dias de descanso e vamos aproveitá-los bem. Temos de gerir os nossos processos para evitar que as perdas não sejam significativas e estou seguro de que tal não acontecerá''.