A Nacala Logistics, uma empresa de transporte ferroviário em Moçambique, reduziu para um terço o número de passageiros nos comboios para evitar a propagação da covid-19 no país, anunciou a empresa.
"Na carruagem executiva, com capacidade para 54 passageiros, só podem embarcar um máximo de 20, e na segunda classe, com capacidade para 90, agora aceitamos cerca de 30", disse Edson Fortes da Nacala Logistics, citado pela Agência de Informação de Moçambique.
A Nacala Logistics faz parte das empresas que integram o Corredor de Nacala e que opera na área de transporte ferroviário no norte de Moçambique.
Além do número de passageiros, a empresa reduziu ainda o número de viagens por semana e suspendeu algumas rotas de transporte.
Antes de embarcar nas estações, os passageiros e colaboradores são obrigados a observar algumas medidas de segurança recomendadas pelas autoridades de saúde, avançou Edson Fortes.
"Nas carruagens, estão dispostos baldes e sabão e os nossos colaboradores têm álcool em gel para se protegerem após a venda de bilhetes aos passageiros", acrescentou.
O número de casos registados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus em Moçambique subiu de 28 para 29, anunciou na quarta-feira o Ministério da Saúde.
Em operação desde 2016, o corredor de Nacala é um investimento de 4,5 mil milhões de dólares (4,09 mil milhões de euros) que junta a multinacional brasileira Vale, o conglomerado japonês Mitsui e a empresa pública moçambicana de caminhos-de-ferro CFM.
O empreendimento compreende uma ferrovia com 912 quilómetros, incluindo 200 que atravessam o território do Maláui, e um terminal portuário de águas profundas que escoa o carvão que a mineira brasileira Vale produz no distrito de Moatize, província de Tete, centro de Moçambique.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.