O vice-presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o espanhol Juan Antonio Samaranch Jr, disse hoje que, «nesta data», o organismo não tem nenhum indício de que os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados devido à covid-19, «não possam decorrer em 2021».
“Nem da parte do governo do Japão, nem do comité organizador, nem do COI, há a preocupação prévia de que qualquer outro incidente possa acontecer”, referiu o filho do antigo presidente do COI Juan Antonio Samaranch, que presidiu o organismo entre 1980 e 2001 e morreu em 2010.
Samaranch Jr, que participou numa conferência de imprensa virtual com o presidente do Comité Olímpico Espanhol, Alejandro Blanco, afirmou que o COI está a trabalhar para “adaptar os planos para que os Jogos Olímpicos Tóquio2020 possam ser realizados em Pequim no verão de 2021”.
"Não temos nenhuma indicação que nos possa levar a acreditar que os Jogos Olímpicos não possam ser realizados com grande sucesso desportivo e simbólico, porque nos sentimos livres novamente”, acrescentou o vice-presidente do COI.
Atendendo à possibilidade de ainda não haver vacina contra o novo coronavírus em 2021, uma das medidas de combate à pandemia, o vice-presidente do COI garantiu que serão seguidas as instruções “das autoridades mundiais de saúde”, pois não cabe à sua organização tomar decisões sobre essa área.
Nesse sentido, Juan Antonio Samaranch Jr, de 60 anos, deixou em aberto a possibilidade de o evento olímpico ser suspenso se as autoridades considerarem que sua celebração “é imprudente”.
“Não somos nem mais nem menos que parte da sociedade. Sofremos, choramos e sangramos igualmente. Também sofreremos as consequências económicas e sociais. Esperamos que, com os valores olímpicos, possamos celebrar a humanidade e juntos sairmos disso”, disse.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 estão marcados para decorrer na capital japonesa de 23 de julho a 08 de agosto de 2021, um ano depois do que estava previsto, com os Jogos Paralímpicos marcados entre 24 de agosto e 05 de setembro.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.