A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, graças a sinais encorajadores sobre uma reabertura próxima da economia norte-americana e notícias relativas a possíveis tratamentos da covid-19.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 2,99%, para os 24.242,49 pontos, e o tecnológico Nasdaq valorizou 1,38%, para os 8.650,14.
Por sua vez, o alargado S&P500 subiu 2,68%, para as 2.874,56 unidades.
Os índices mais emblemáticos da praça nova-iorquina encerraram hoje uma segunda semana consecutiva em alta, com o Dow Jones a avançar 2,2%, o Nasdaq a ganhar 6,1% e o S&P500 a subir 3,1%.
Não obstante, uma série de indicadores divulgados ao longo da semana confirmou o desgaste económico causado pela pandemia do novo coronavirus e pelas restrições impostas para procurar conter a sua propagação.
A mais recente é relativa ao produto interno bruto da China, que caiu 6,8% no primeiro trimestre.
Mas, na sexta-feira, os investidores foram tranquilizados por informações da publicação Stat News, segundo as quais os primeiros resultados de um estudo sobre um medicamento do laboratório Gilead – cuja cotação subiu 9,73% - para os doentes com casos severos de Covid-19 foram considerados promissores.
Vários analistas incitaram à prudência, considerando que os resultados ainda são preliminares.
O espírito dos investidores foi também alimentado pela apresentação pela Casa Branca, na noite de quinta-feira, de um plano para reabrir a economia dos EUA.
A decisão do levantamento das restrições ou do confinamento, mais ou menos estritas, decretadas para conter a pandemia vai caber em última instância aos governadores dos 50 Estados.
Mas o Executivo elaborou recomendações para os “orientar”.
“O regresso ‘à normalidade’ da economia vai ser progressiva e o mercado habitualmente não gosta muito desta noção de progressividade. Mas, com as últimas ‘manchetes’, os investidores parecem antecipar uma luz ao fim do túnel”, comentou J. J. Kinahan, da TD Ameritrade.
Outro sinal otimista veio da Boeing, que anunciou na quinta-feira uma recuperação gradual, a partir da sua próxima semana, da sua produção de aviões comerciais nos EUA, depois de uma interrupção de várias semanas. O seu título valorizou 14,72%.