O treinador espanhol Quique Flores considerou hoje que o Benfica teve uma primeira parte ante o Nacional “ansiosa, precipitada e confusa”, mas que lhe ficou a “doer” o lance do golo anulado por suposta mão.
“Penso que não houve nada. A bola bate no nosso jogador. Doeu-me antes de ver na televisão e doeu-me ainda mais depois, mas não é fácil”, disse o treinador do Benfica, clube que hoje cedeu um empate em casa frente aos maderenses, no encerrar da 12ª jornada da Liga.
O técnico espanhol disse ainda ter existido uma penalidade por marcar, num lance com Nuno Gomes, e que esses dois lances poderiam ter dado a vitória aos “encarnados”.
Apesar de ter terminado o ano no primeiro lugar, algo que não acontecia há 15 anos, Quique Flores revelou que continua a esperar mais da equipa.
“É uma equipa com muito por fazer, não se alcançou o melhor cenário possível, mas estamos numa posição que outros invejam. Precisamos fundamentalmente de melhorar a leitura de jogo e mais posse de bola”, adiantou.
Da parte do Nacional, o treinador Manuel Machado considerou que o empate foi justo, realçando um primeiro tempo “de equilíbrios” e um segundo “favorável” aos madeirenses.
“Tivemos dois ou três momentos em que podíamos ter concretizado”, salientou o treinador do Nacional, adiantando que face ao quinto lugar na liga não descura uma candidatura europeia da sua equipa.
O treinador disse estar contente com a campanha que o Nacional tem vindo a fazer, considerando ser justo o quinto lugar e que assim que a manutenção estiver garantida pode começar a pensar num lugar na UEFA.
A finalizar, Manuel Machado deu nota positiva ao árbitro Pedro Henriques, considerando que houve mão de Miguel Vítor na área do Nacional e que por isso o lance foi bem anulado, além de que a sua equipa também poderia ter razões de queixa.
“O Nené ia isolado e sofreu falta do Miguel Vítor, esse lance passou em claro e também significaria a expulsão do defesa do Benfica”, disse o treinador.