As entidades sanitárias da Guiné-Bissau apelaram hoje às pessoas suspeitas de estarem contaminadas com covid-19 e que se encontram em fuga para irem fazer o exame ao centro de atendimento do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.
“Apelamos, mais uma vez, através da comunicação social para irem fazer o exame. Irem ao centro de atendimento do Hospital Nacional Simão Mendes. Caso contrário, o que não queremos, somos obrigados a tomar medidas, que naturalmente temos de tomar para proteger a saúde pública”, afirmou o médico Tumane Baldé, do Centro de Operações de Emergência de Saúde guineense.
Tumané Baldé, que falava na conferência de imprensa diária para fazer o balanço da evolução da doença no país, explicou também que aquelas pessoas são cidadãos residentes em Bissau e em Canchungo.
A Guiné-Bissau tem até hoje 50 casos confirmados de covid-19, três dos quais curados, distribuídos pelo setor autónomo de Bissau (32), Canchungo (13) e Biombo (5).
O médico guineense disse que foi enviada para a cidade de Canchungo uma equipa reforçada de saúde pública, que inclui médicos, epidemiologistas e funcionários do Laboratório Nacional de Saúde Pública, para reforçar o Centro de Operações de Emergência Médica regional e fazer um “trabalho de fundo para informar qual a situação real daquela cidade”.
Tumane Baldé referiu também que o grupo clínico identificou 18 pessoas com covid-19 que têm risco de maior transmissão da doença na comunidade ou por causa do grau de gravidade que vão ser transferidas para o Hospital Nacional Simão Mendes “por falta de condições e porque têm maior risco de transmissão”.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 154 mil mortos e infetou mais de 2.2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 497 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Por regiões, a Europa soma mais de 97 mil mortos (mais de 1.1 milhões de casos), os Estados Unidos e Canadá mais de 38.000 mortos (mais de 738 mil casos), a Ásia mais de 6.000 mortos (mais de 158.000 casos), o Médio Oriente mais de cinco mil mortos (mais de 119 mil casos), a América Latina e Caribe mais de 4.000 mortos (mais de 91 mil casos), África mais de 1.000 mortos (mais de 19.000 casos), na Oceânia mais de 80 mortos (mais de sete mil casos).