O treinador Carlos Queiroz, seleccionador português de futebol, vai recorrer da sentença do tribunal cível de Oeiras, pela qual foi condenado a pagar uma indemnização a um ex-representante e acusado de ter sido ''litigante de má-fé''.
Em comunicado, Queiroz reclama inocência no processo interposto por Salem Jawad, empresário de origem iraquiana, que recorreu para o tribunal de Oeiras para receber uma comissão de 10 por cento pela colocação do treinador nos Emirados Árabes Unidos, em 1998.
''Escuso proclamar a minha inocência neste caso, que é indiscutível, uma vez que o processo judicial corre os seus trâmites em recurso para instâncias superiores, onde a verdade, sem dúvida, irá prevalecer'', refere Queiroz.
A nota emitida pelo técnico português surge depois de ter sido condenado pelo tribunal cível de Oeiras ao pagamento ao seu antigo representante da verba de 56.250 dólares (perto de 40.000 euros).
Além desta verba, acrescida de juros vincendos, Queiroz foi ainda condenado a pagar ao empresário uma multa por litigância de má-fé e uma indemnização ''por danos morais causados com esta acção, em montante não inferior a 25.000 euros'' e cujo valor ainda será fixado pela juíza.
No comunicado, à semelhança do documento que remeteu anteriormente ao tribunal, Queiroz voltou novamente a dizer que não recebeu qualquer verba contratualmente acordada e sobre a qual ''o tal empresário'' quer receber uma comissão, chegando mesmo a qualificar o processo de ''extorsão''.