A Unicef iniciou hoje uma angariação de cerca de 85 milhões de euros para reforçar a ajuda a crianças do Médio Oriente e do Norte de África, onde a covid-19 está a aumentar os estragos causados por guerras.
Mais de 105.000 casos do coronavírus, incluindo 5.699 mortes, foram registados oficialmente nessas regiões, onde vive o maior número de crianças necessitadas do mundo - quase 25 milhões - devido a conflitos ainda em curso, afirmou a Agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em comunicado de imprensa.
“A combinação entre a falta ou inadequação de serviços básicos, os vários anos de conflitos, a pobreza e a doença da covid-19 atinge as crianças em primeiro lugar e dificulta-lhesa vida, que já é, habitualmente, insuportável”, disse o diretor regional da Unicef, Ted Chaiban.
Por isso, a Unicef decidiu organizar uma angariação de fundos para juntar cerca de 85 milhões de euros que visam responder ao desafio adicional causado pela pandemia.
Segundo a agência da ONU, quase 110 milhões de crianças estão atualmente confinadas, pelo que a Unicef quer apoiar os esforços das autoridades para ajudar o maior número delas a estudar à distância.
No comunicado de imprensa, a organização também divulga recomendações que tem feito na comunicação social e redes sociais para reduzir o risco de infeção, preservar a saúde física e mental das crianças e das suas famílias e evitar a estigmatização dos infetados.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (40.683) e mais casos de infeção confirmados (cerca de 760 mil).
Seguem-se Itália (23.660 mortos, em mais de 178 mil casos), Espanha (20.852 mortos, mais de 200 mil casos), França (19.718 mortos, mais de 152 mil casos) e Reino Unido (16.060 mortos, mais de 120 mil casos).