O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, anunciou que os 147 angolanos que hoje chegaram a Luanda provenientes de Cuba já foram encaminhados para quarentena institucional.
O voo humanitário que transportou de regresso os angolanos que estavam a fazer tratamento médico em Cuba foi anunciado no sábado pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
"Hoje chegaram 147 pessoas vindas de Cuba", disse o secretário de Estado, acrescentando que foram alojadas em sítios de quarentena e vão observar 14 dias de isolamento.
Franco Mufinda indicou ainda que foram feitos pré-testes aos passageiros, que serão acompanhados e alvo de testagem à saída da quarentena "para se poder ter a certeza" de um retorno seguro à comunidade.
O responsável indicou que se encontram atualmente 579 pessoas em quarentena institucional e estão em seguimento sete pessoas que estiveram em contacto com os cinco novos casos anunciados no sábado e que elevaram para 24 o número total de infeções pelo novo coranavírus em Angola.
Quanto aos profissionais de saúde cubanos, que chegaram na semana passada para apoiar o governo angolano no combate à pandemia de covid-19, foram já feitos 181 testes, todos negativos, faltando cerca de 60, adiantou.
Até ao momento foram processadas em Angola 1.462 amostras e estão em processamento mais 54.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
África regista um total de 1.119 mortos e um aumento de infeções de 21.096 para 22.275 registados em 52 países, segundo a última atualização do boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções (79), seguida de Cabo Verde (67 casos e uma morte), Guiné-Bissau (50) Moçambique (35), Angola (24 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe continua sem casos, após uma primeira identificação de quatro casos positivos que não foram confirmados na segunda análise.