O Benfica, que há 15 anos não passava a quadra natalícia no comando da Liga portuguesa de futebol, entra domingo em 2009 na visita ao estreante Trofense, “lanterna vermelha”, na 13ª jornada.
No entanto, os “encarnados” - únicos invictos nos principais campeonatos europeus - arriscam-se a chegar à Trofa no terceiro lugar provisório, caso os dois perseguidores mais directos, Leixões e FC Porto, vençam os respectivos compromissos.
O Leixões, que é grande sensação deste campeonato, mas apenas somou dois pontos nas últimas três jornadas, pode ser o primeiro líder de 2009, se ganhar sexta-feira em Coimbra, onde só o Benfica ganhou, frente à Académica, na inauguração do novo ano e da 13ª jornada.
Dois dias depois, o FC Porto tem também oportunidade de ultrapassar o Benfica, pelo menos por algumas horas, se vencer na difícil deslocação ao recinto do Nacional, um clube que em casa cedeu apenas cinco pontos (uma derrota e um empate) em 18 possíveis.
Quanto ao Sporting, o primeiro dos três “grandes” a entrar em acção, não conseguirá ultrapassar o Benfica mesmo que se desforre sábado, em Setúbal, do “carrasco” da primeira final da Taça da Liga.
Na melhor das hipóteses, o clube de Alvalade pode igualar o rival lisboeta, mas ficará sempre em desvantagem no confronto directo (perdeu 2-0 na Luz).
Independentemente dos resultados do “pelotão perseguidor”, o Benfica sabe que uma vitória sobre o Trofense, uma formação que só fez cinco pontos na Trofa (um triunfo e dois empates, em seis jogos), continua a assegurar o comando.
O “onze” do espanhol Quique Flores, que não vai poder contar com o “capitão” Nuno Gomes, expulso após o polémico empate na recepção ao Nacional (0-0), e Katsouranis (viu o quinto amarelo da época), conta 26 pontos, contra 24 de Leixões e FC Porto e 23 de Sporting, todas equipas que empataram na última ronda (os “grandes” a zero).
Entre os embates da jornada inaugural de 2009, a antepenúltima da primeira volta, outro dos maiores destaques vai para a recepção do “europeu” Sporting de Braga ao “aflito” Belenenses (penúltimo), no jogo que assinala o reencontro de Jorge Jesus, agora técnico dos minhotos, com o clube do Restelo.
No caso de triunfo, os “arsenalistas”, que não perdem há nove jogos (apenas sofreram desaires na segunda e terceira rondas), podem mesmo ascender aos lugares europeus, já que são sextos e contam apenas menos um ponto (20 contra 21) do que o Nacional, quinto.
Após recuperar no Dragão (0-0) do pesado desaire caseiro com o Benfica (0-6), o Marítimo (sétimo, com 19 pontos) pode também chegar-se ainda mais à frente, uma vez que recebe o Paços de Ferreira, e abrir um fosso ainda maior (já é de cinco pontos) para o oitavo.