O primeiro-ministro considerou hoje essencial que os Estados-membros da União Europeia cheguem antes do verão a um acordo político sobre os instrumentos europeus para combater a crise económica provocada pela pandemia de covid-19.
Esta posição foi transmitida por António Costa em conferência de imprensa, em São Bento, no final da reunião do Conselho Europeu, que se realizou por videoconferência e que durou cerca de quatro horas e meia.
"Com a Comissão Europeia a apresentar a sua proposta no dia 06 de maio, o ideal é que antes do verão - ou seja, antes da interrupção dos trabalhos do Parlamento Europeu -, se alcance um acordo político sobre o conjunto dos instrumentos", afirmou o líder do executivo.
António Costa observou depois que o Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021/2027 só entra em vigor em 01 de janeiro.
"Mas, se o fundo de recuperação entrar em vigor antes ainda, então melhor para todos", comentou.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro salientou que este fundo de recuperação económica, que poderá ter uma magnitude entre 1,5 biliões e dois biliões de euros, foi considerado essencial por todos os Estados-membros, sobretudo "a partir do momento em que todos consigam ter controlado o crescimento da pandemia de covid-19 ".
"Até lá, na atual situação, não é possível fazer o esforço de relançamento da economia, porque temos de estar isolados e afastados uns dos outros. Portanto, temos de aproveitar o tempo que ainda temos de confinamento e de contenção para preparar o dia a seguir".
Nessa fase seguinte, pós-crise sanitária, segundo António Costa, "todos os Estados-membros devem ter instrumentos para apoiar as empresas e as famílias a retomarem a sua trajetória de funcionamento pleno".
"Esse é o trabalho que se tem de fazer até lá", acrescentou.