A bolsa nova-iorquina encerrou perto do equilíbrio uma sessão volátil, com os investidores a digerirem estatísticas económicas dos EUA, uma nova subida do petróleo e o fracasso de um ensaio clínico de um antiviral contra a covid-19.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,17%, para os 23.515,26 pontos.
Os outros índices tiveram recuos mínimos, com o tecnológico a perder 0,01%, para as 8.494,75 unidades, e o alargado S&P500 a perder 0,05%, para as 2.797,80.
Não obstante, os índices nova-iorquinos tinham começado a sessão em forte alta, depois de o Departamento do Trabalho ter anunciado que na semana passada tinham-se inscrito para o subsídio de desemprego 4,4 milhões de pessoas.
Apesar de elevados e refletirem a dimensão da crise resultante da propagação da pandemia do novo coronavírus, os números representam, contudo, uma descida em relação aos da semana precedente e em linha com o esperado pelos analistas.
Por outro lado, as vendas de casas novas nos EUA caíram 15,4% em março, enquanto a pandemia da covid-19 se propagava no país, segundo os dados do Departamento do Comércio.
Mas os investidores em Wall Street beneficiaram com a acentuada subida do barril de petróleo, para o que também contribuiu o aumento das tensões entre EUA e Irão, apesar do fraco consumo petrolífero.
Porém, os ganhos que a bolsa ia mantendo foram apagados na sua maior parte, depois de serem conhecidas informações relativas ao fracasso de um tratamento de doentes com a covid-19, durante um ensaio conduzido pelo laboratório norte-americano Gilead Sciences, cujas ações perderam hoje 4,34%, com recurso ao antiviral remdesivir.
Um resumo dos resultados deste ensaio foi publicado por erro, antes de ser retirado, no sítio da Organização Mundial de Saúde, informou o Financial Times.
“Os investidores compreenderam que não vai haver vacina rapidamente, mas esperam que se encontrem tratamentos” para lutar contra o novo coronavírus, indicou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.
“Estamos no fim de uma recuperação e é preciso um segundo fôlego”, acrescentou Volokhine, salientando que Wall Street tinha conseguido na sexta-feira concluir a segunda semana de alta consecutiva.
O analista estimou que “esta segunda vaga há de vir de notícias positivas sobre o fim do confinamento ou sobre o tratamento”.