A rede social Facebook vai expandir o seu Centro de Informações sobre o Coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, a mais 24 países africanos, incluindo quatro lusófonos, pretendendo «fortalecer as pessoas pelo mundo com informações precisas» das autoridades sanitárias.
Com este reforço, os utilizadores em Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial são alguns dos que poderão passar a aceder às informações dos órgãos de saúde oficiais, uma vez que Cabo Verde era o único país africano de língua oficial portuguesa, até agora, que dispunha de acesso a esta plataforma.
Angola é o único país lusófono africano, e um dos poucos do continente, que não dispõe de acesso ao centro de informações desenvolvido pela empresa norte-americana.
A ferramenta, que até agora estava disponível em 19 países, “fornece um lugar central para as pessoas se manterem informadas sobre [o novo] coronavírus” e “inclui atualizações em tempo real de fontes oficiais nacionais, regionais e globais, como o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, refere um comunicado hoje emitido pela empresa que detém as plataformas sociais Facebook e Instagram, assim como o serviço de mensagens WhatsApp.
Segundo o documento, os utilizadores em 43 países africanos vão agora poder receber notificações e ver atualizações destes órgãos nacionais, regionais e globais no seu ‘feed’ de notícias.
“A Facebook está a apoiar o trabalho da comunidade da política sanitária por todo o mundo ao manter todas as comunidades informadas durante a pandemia provocada pelo coronavírus. Estamos felizes por fornecer a quase todos os países da África Subsaariana o seu próprio Centro de Informações, de modo a que as pessoas pelo continente tenham um local centralizado onde podem encontrar informações oficiais sobre a covid-19”, afirmou o diretor de Políticas Públicas da Facebook para África, Kojo Boakye.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.
Segundo os dados mais recentes do África CDC, o número de mortos provocados pela covid-19 em África subiu para 1.298, com 27.427 casos registados da doença em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Cabo Verde lidera em número de infeções (88) e uma morte, seguido da Guiné Equatorial (84 e uma morte), Guiné-Bissau (52) Moçambique (46), Angola (25 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe tem quatro casos confirmados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.