O Banco de Moçambique decidiu prorrogar por mais 90 dias, a contar da data do fim do estado de emergência no país, o prazo de liquidação do Nosso Banco, anunciou em comunicado, num processo iniciado em 2016.
A decisão surge "a título excecional", tendo em conta que o processo de liquidação "se encontra na sua derradeira fase", mas "estão em implementação medidas de contenção da propagação do novo coronavírus".
As medidas "têm estado a condicionar o normal funcionamento das instituições públicas e privadas", limitando o acesso aos serviços, pelo que "se mostra recomendável preservar os interesses dos credores do Nosso Banco", conclui.
O banco central decidiu ainda nomear Hortência da Glória Alberto para desempenhar as funções de vogal, em representação dos credores, na comissão liquidatária em substituição de Agostinho Júlio Magenge, a pedido dos próprios credores.
O Banco de Moçambique determinou a liquidação do Nosso Banco, a 11 de novembro de 2016, anunciado na altura que "não foi possível a recuperação da situação financeira e prudencial deficitária" da instituição, incapaz de cumprir um plano de reestruturação delineado em 2014, "pondo em risco os interesses dos depositantes e demais credores, bem como o normal funcionamento do sistema bancário".
Moçambique vive em estado de emergência durante todo o mês de abril, com espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.
Durante o mesmo período, há limitação de lotação nos transportes coletivos com obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, as escolas estão encerradas e a emissão de vistos para entrar no país está suspensa.
A declaração do estado de emergência prevê a adoção de medidas de política fiscal e monetária sustentáveis "para apoiar o setor privado a enfrentar o impacto económico da pandemia".
O país regista 76 casos de covid-19, sem registo de mortes.