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Moçambique/Ciclones: um ano após Kenneth há 390.000 assistidos, mas só 23% do apoio – ONU

Um ano após o ciclone tropical Kenneth atingir o norte de Moçambique, mais de 390.000 pessoas receberam assistência, mas só 23% do apoio financeiro necessário para a região foi obtido, refere um levantamento das Nações Unidas.

Moçambique/Ciclones: um ano após Kenneth há 390.000 assistidos, mas só 23% do apoio – ONU
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A verba total esperada ascende a 113 milhões de dólares (104 milhões de euros) e serviria para responder a um orçamento de apoio humanitário pós-Kenneth até maio deste ano, incluindo ajuda devido à violência provocada por grupos armados na região - e sem incluir verbas governamentais.

"Um ano após o ciclone tropical Kenneth atingir o norte de Moçambique, mais de 390.000 pessoas receberam assistência crítica, como alimentos, água potável e abrigos", destaca a ONU.

No entanto, a situação na região "deteriorou-se nos últimos meses".

"Inundações em dezembro de 2019 e janeiro deste ano obrigaram mihares de pessoas a deslocar-se e infraestruturas chave foram danificadas, exacerbando as necessidades de mais de 200.000 pessoas que ainda moram em casas destruídas ou danificadas e outras 6.600 pessoas ainda em tendas", retrata o levantamento.

Ao mesmo tempo, há alertas sanitários: em fevereiro, um surto de cólera foi declarado na ilha do Ibo e nos distritos de Macomia e Mocimboa da Praia, sendo que a maior zona de construção do país, o megaprojeto de gás da Área1, concentra o maior número de casos registados de covid-19 no país (cerca de 50).

"Tudo isto acontece tendo como pano de fundo a insegurança em Cabo Delgado, que já afetou pelo menos 162.000 pessoas e provoca sucessivos deslocamentos, inclusive em áreas ainda a lutar para recuperar do ciclone Kenneth", acrescenta.

O Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas já tinha alocado 10 milhões de dólares para a resposta ao ciclone Kenneth e destinou este mês sete milhões adicionais para responder às necessidades.

O ciclone atingiu Moçambique em abril de 2019 e matou 45 pessoas no Norte do país.

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