A economia italiana contraiu-se 4,7% no primeiro trimestre de 2020 face aos últimos três meses de 2019 e 4,8% face ao mesmo período de 2019, segundo dados provisórios publicados hoje pelo instituto nacional de estatística italiano (Istat).
Com este indicador, que reflete o impacto da epidemia da covid-19 no país, Itália entra em recessão técnica, já que o Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu 0,3% no último trimestre de 2019.
O instituto deverá rever este número e publicará o dado definitivo em 29 de maio.
No comunicado, o Istat explica que a contração é a maior de sempre desde que o instituto começou a recompilar dados desta série no primeiro trimestre de 1995 e reconhece que esta se deve em grande parte ao impacto económico do surto da covid-19, que surgiu no país em 21 de fevereiro.
A entidade indica que houve um declínio acentuado em todas as atividades económicas, particularmente relevante na indústria e no setor de serviços.
Segundo o Istat, se não houver mudanças, a economia italiana terá uma recessão de 4,9% no conjunto de 2020.
O governo italiano estima que, em 2020, a economia italiana recue 8%, mas o primeiro-ministro italiano alertou hoje no parlamento que, se o vírus persistir e o estado de emergência se prolongar, o PIB poderá cair 10,4%.
Para 2021, o Executivo italiano espera que a economia italiana recupere 4,7%.