A companhia de teatro Palco 13, com sede em Cascais, está a realizar uma campanha de angariação de bens alimentares e donativos em dinheiro para profissionais que estejam em dificuldades nas zonas de Cascais, Sintra, Oeiras e Lisboa.
Os primeiros 53 cabazes angariados – que incluem bens alimentares e outros – vão ser entregues hoje, anuncia a companhia na sua página do Facebook.
“O nosso maior inimigo tem sido a vergonha. Esta iniciativa está construída para que a confidencialidade seja total e para que responda a todas as necessidades de quem precisa (vegetarianos, alimentação infantil, alimentação para animais, medicação)", lê-se numa publicação da companhia no Facebook, a propósito da campanha “nosSOS”.
A Lusa contactou a Palco 13 a propósito desta campanha esporádica, com o mote “nosSOS”, mas a companhia não quis pronunciar-se sobre a iniciativa.
Os donativos em dinheiro podem ser feitos por transferência bancária para o IBAN PT50002300004543687318294 ou através de MbWay, pelo número de telemóvel 917046197.
Os bens serão entregues a profissionais de teatro das zonas de Cascais, Sintra, Oeiras e Lisboa, que façam chegar pedidos à companhia.
"Somos profissionais de teatro e, em tempo de crise, achamos que não podemos deixar de fazer qualquer coisa a favor dos nossos colegas de profissão. Sabemos que, por causa de espetáculos interrompidos, cancelados e da suspensão de toda a atividade, há quem esteja a passar por dificuldades, e os apoios à classe artística têm sido o que se sabe", refere a mensagem da companhia.
A Palco13 decidiu então criar um apoio esporádico – "faremos duas entregas", afirma – que se traduz em cabazes de alimentos essenciais.
A entrega será feita "a quem dos nossos colegas nos pedir", mediante "absoluta confidencialidade" e levados "à porta de quem nos pedir ajuda", escreve a Palco13 na sua página da no Facebook.
A companhia tem também um formulário de contacto no qual, quem solicitar ajuda, pode mencionar os bens de que necessita.
A Palco13 nasceu em abril de 2010, no concelho de Cascais, tendo posto em cena 31 textos -- numa média de três espetáculos por ano -, como "Muralhas de Elsinore", de Hugo Barreiros, "Dois Reis e Um Sonho", de Natália Correia, "O Pranto de Maria Parda", de Gil Vicente, e "Ricardo II", de William Shakespeare, a par de uma programação paralela para o público infantil.