O banco Millennium Bim em Moçambique cancelou as festividades dos seus 25 anos e disponibilizou 15 milhões de meticais (202 mil euros) ao Hospital Central de Maputo, para o combate ao novo coronavírus, anunciou hoje a instituição.
O valor vai ser investido no apetrechamento do bloco operatório e na compra de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde do Hospital Central de Maputo, o maior do país, lê-se na nota do banco.
"Esta decisão foi tomada face aos novos desenvolvimentos da pandemia. Com o apoio, o banco reafirma o seu compromisso com a sociedade num momento de grande adversidade como este", acrescenta o comunicado.
Além do equipamento, com o valor vai ser reabilitada uma área de pneumologia, que passará a ter novo sistema de gás, com ventiladores para "o melhor tratamento e combate à covid-19".
Com 76 casos positivos de covid-19, sem mortes, Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril, com escolas, espaços de diversão e lazer encerrados, proibição de todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se a toda a população que fique em casa, se não tiver motivos de trabalho ou outros essenciais para tratar.
Na quarta-feira, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, decretou a prorrogação do estado de emergência, pedindo o reforço de medidas de prevenção, com destaque para a limitação de circulação de pessoas.
"Apesar do aumento dos casos de contaminação, há um relaxamento na postura dos nossos compatriotas em relação às medidas de prevenção", afirmou Filipe Nyusi, alertando que as pessoas em Moçambique "continuam a efetuar viagens internamente sem que seja necessário".
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.