O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que a hotelaria não vai poder abrir com todos os serviços disponíveis, como os 'spas', e que o Governo trabalha com o setor para regular a atividade em contexto de covid-19.
"Se me pergunta se a atividade de hotelaria vai poder abrir com todos os seus serviços, eu dir-lhe-ia antecipadamente que não. Alguns serviços dentro dos hotéis seguramente não vão poder abrir. Por exemplo os 'spas'", respondeu António Costa a uma pergunta da Lusa, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
O Conselho de Ministros aprovou hoje o plano de transição de Portugal do estado de emergência, que cessa no sábado, para o estado de calamidade, anunciou António Costa.
O primeiro-ministro acrescentou que, relativamente a outros serviços hoteleiros, "depende", dando o exemplo de que "porventura o serviço de refeições vai ter de ser distinto do que existia habitualmente".
"É esse trabalho que estamos a fazer com a indústria da hotelaria para encontrar quais são as melhores regras, para que não só os hotéis possam ter a confiança que vão ter clientes, de que justifica abrir, mas também para os clientes terem a confiança de que podem ir com risco controlado para qualquer hotel", sustentou o chefe do Governo.
Para tal, o Governo planeia "dar um selo de garantia e de segurança", para que os hotéis possam ser identificados como tendo condições para albergar hóspedes.
O primeiro-ministro considerou ainda que face à pandemia de covid-19, "tendo havido uma paralisia nas viagens à escala mundial, não há turistas que venham de fora, e estando as pessoas confinadas em casa, não vão seguramente para os hotéis".
"Havendo muita gente com medo de se encontrar e havendo o conselho para o afastamento das pessoas, é natural que as pessoas não se concentrem nos hotéis", acrescentou, lembrando que o Governo não tomou "nenhuma medida para encerrar a indústria hoteleira".
O Turismo de Portugal vai atribuir o selo “Clean & Safe” a empreendimentos turísticos, empresas de animação turística e agências de viagem, um reconhecimento que exige às empresas um protocolo interno de higienização para evitar riscos de contágio, informou na sexta-feira passada (24 de abril).
“Este reconhecimento tem a validade de um ano, é gratuito e opcional, e exige a implementação nas empresas de um protocolo interno que, de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde, assegura a higienização necessária para evitar riscos de contágio e garante os procedimentos seguros para o funcionamento das atividades turísticas”, explicou o Turismo de Portugal em comunicado.
O selo “Clean & Safe” pode ser obtido ‘online’ nas plataformas digitais do Turismo de Portugal, tendo as empresas de submeter uma Declaração de Compromisso.
De futuro, serão realizadas auditorias aleatórias aos estabelecimentos que adiram à iniciativa.