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1º de Maio: UGT defende que injeção financeira deve ser acompanhada por medidas sociais

A UGT defendeu hoje que a injeção financeira na economia deverá ser acompanhada por medidas sociais para quem perdeu o trabalho devido à pandemia da covid-19 e que é preciso celeridade nos apoios a conceder a empresas e famílias.

1º de Maio: UGT defende que injeção financeira deve ser acompanhada por medidas sociais
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Devido ao estado de emergência em que o país se encontra, a UGT decidiu cancelar as suas comemorações do 1.º de Maio que tinha agendado para Vila Real e estar junto dos trabalhadores nas redes sociais, “no respeito pela saúde dos portugueses, pelas regras das autoridades de saúde e pelo estado de emergência”, afirma o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.

“Ainda que estejamos confinados em nossas casas, fruto da pandemia que nos assola e que veio alterar os nossos ritmos de vida em sociedade, não deixaremos de comemorar o dia histórico” da classe trabalhadora, sublinha Carlos Silva na sua intervenção, que pode ser acompanhada nas redes sociais da central sindical.

Apesar de se estar em confinamento social, importa dizer ao país, a quem governa, aos políticos e aos empresários, que “a grave situação de saúde que afeta os portugueses, a Europa e o mundo não serve de pretexto para a diminuição de direitos e de rendimentos aos trabalhadores”.

Para minimizar o impacto da situação, Carlos Silva defende que “a injeção de recursos financeiros na economia deverá ser acompanhada por medidas de caráter social a quem perdeu o seu posto de trabalho, numa urgente tentativa de recuperar dos escombros” desta crise e “deixar o máximo de esperança nos homens e mulheres sem emprego e nos empresários, pequenos e médios, que fecharam as suas empresas”.

Defende ainda a criação de “um rendimento mínimo (sem condições) para todos quantos foram afetados pela crise e não estejam enquadrados noutras medidas excecionais de apoios sociais” e que seja dada uma oportunidade de "reconversão profissional” a todos os que perderam o seu emprego, através do IEFP.

No seu discurso, Carlos Silva enaltece o papel dos profissionais de saúde que estão “na primeira linha” do “combate sem tréguas a um inimigo” e que “são hoje designados de ‘novos capitães de Abril’ pelos próprios Capitães de Abril de 74”.

Também saúda o papel dos bombeiros, do pessoal do INEM, da proteção civil, das forças de segurança e forças armadas neste combate, assim como de todos que garantem o bem-estar e o acesso à informação, trabalhadores do público e do privado, “sem distinção, apenas trabalhadores incansáveis e resistentes, briosos e dignos”, sustenta.

Carlos Silva deixa ainda uma palavra de reconhecimento pela “bravura e coragem” demonstrada pelos milhares de funcionários que trabalham em lares de idosos, misericórdias e IPSS e que “estão na primeira linha do acompanhamento, vigilância e conforto aos mais velhos, que são as maiores vítimas desta pandemia”.

Lamenta que estes trabalhadores “incansáveis e dedicados, na sua maioria mal pagos e desvalorizados” só sejam lembrados “nestes momentos de aflição”, mas que “importa não esquecer no futuro”, reclamando “melhorias na contratação coletiva e melhores salários”.

Os professores também são lembrados no discurso do dirigente sindical, afirmando que “dão o seu melhor para que os milhares de alunos” possam concluir o ano letivo.

Deixa ainda “uma palavra de reconhecimento e apreço” a todos os que garantem a subsistência dos portugueses no dia-a-dia e aos serviços da administração pública local, que prestam apoio social às suas populações.

“Se hoje é altura de cerrar fileiras no combate contra a covid-19, isso não significa deixar cair os braços e desistir de reivindicar melhores salários, negociação coletiva com resultados, melhoria das carreiras profissionais de todos os trabalhadores dos vários setores, público e privado”.

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