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Covid-19: PM de Cabo Verde diz que foco é proteger as pessoas

O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que proteger as pessoas da pandemia de covid-19 é o «verdadeiro foco» do Governo e que prefere «perder todas as eleições», mas ganhar o «combate» à doença.

Covid-19: PM de Cabo Verde diz que foco é proteger as pessoas
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“Prefiro perder todas as eleições do que perder esta guerra contra o combate ao covid-19”, afirmou Ulisses Correia, depois de ter estado no parlamento, durante a manhã, a defender as medidas a aplicar no estado de emergência, prorrogado pela segunda vez, agora apenas para as ilhas de Santiago e da Boa Vista, que concentram os casos da doença.

“Não são as eleições que estão em causa, não é uma atividade político-partidária que está em causa, é o país e a saúde de Cabo Verde”, afirmou.

O Ministério da Saúde de Cabo Verde anunciou hoje 29 novos casos de covid-19, todos no concelho da Praia, elevando o total do país para 152, desde 19 de março.

O parlamento cabo-verdiano aprovou esta manhã, por unanimidade, a segunda prorrogação do estado de emergência, até 14 de maio, agora limitado às ilhas de Santiago e da Boa Vista, que concentram a generalidade dos casos de covid-19.

Ulisses Correia e Silva é também presidente do Movimento para a Democracia, partido no poder em Cabo Verde desde 2016. No segundo semestre deste ano estão previstas eleições autárquicas em Cabo Verde e em 2021 legislativas e depois presidenciais.

“Não nos move nenhuma intenção e motivação de tirar proveito, não passa nem sequer pela nossa cabeça e nem de pessoas de bem, pensar que o Governo da República de Cabo Verde se move com intencionalidade para aproveitar a situação de crise que é grave, que atinge as pessoas, pode matar, atinge a saúde, a economia, para tirar proveitos político-partidários”, afirmou ainda Ulisses Correia e Silva.

Para mitigar as consequências da crise económica que já se sentem no arquipélago, o primeiro-ministro acrescentou que estão “em curso” medidas de proteção social, que “vão continuar”, como a atribuição do Rendimento Social de Inclusão a 8.000 famílias.

“A assistência alimentar que vai beneficiar 154 mil famílias em todos os concelhos, e estamos a criar todas as condições para regressarem com segurança sanitária, todas as pessoas que estão retidas em ilhas que não são da sua residência habitual”, acrescentou.

Desde 29 de março, quando entrou em vigor o primeiro período de estado de emergência em Cabo Verde, que todas as ligações aéreas e marítimas entre ilhas estão suspensas, para evitar a propagação da doença.

“Vamos reabrir as ligações interilhas, marítimas e aéreas, nas ilhas que não estão em estado de emergência, Fogo - Brava, Santo Antão - São Vicente, São Nicolau –Sal, etc., com exceção de Santiago e Boa Vista. A proteção das pessoas é o nosso verdadeiro foco”, afirmou Ulisses Correia e Silva.

O anúncio do terceiro período de estado de emergência foi feito na sexta-feira, pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, e carecia da aprovação da Assembleia Nacional para entrar em vigor às 00:00 de 03 de maio.

O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, anunciou uma segunda prorrogação do estado de emergência, agora apenas nas ilhas da Boa Vista e de Santiago, que concentram a generalidade dos casos de covid-19 no arquipélago, por mais 12 dias, até às 24:00 do dia 14 de maio.

Desta forma, não será renovado o estado de emergência na ilha de São Vicente (a terceira em que ainda está em vigor), que assim terminará às 24:00 de hoje. As restantes seis ilhas sem casos de covid-19 diagnosticados deixaram o estado de emergência ao final do dia 26 de abril.

Cabo Verde registou, desde 19 de março, 152 casos de covid-19, distribuídos pelas ilhas de Santiago (93), da Boa Vista (56) e de São Vicente (três, uma família, dois dos quais recuperados). Dois doentes acabaram por morrer e 18 foram, entretanto, considerados recuperados pelas autoridades de saúde, após dois testes negativos para covid-19.

Com a prorrogação do estado de emergência nas ilhas da Boa Vista e de Santiago - concelho da Praia conta 90 dos 93 casos da doença na ilha -, a população mantém a obrigação geral de confinamento e as empresas permanecem encerradas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 235 mil mortos e infetou mais de 3,3 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

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