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Covid-19: BPI com quebra de 40% no crédito à habitação em abril

O presidente executivo do BPI, Pablo Forero, disse hoje em conferência de imprensa que o banco registou uma quebra de 40% no crédito à habitação nas primeiras três semanas de abril, algo que considerou normal face à pandemia de covid-19.

Covid-19: BPI com quebra de 40% no crédito à habitação em abril
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"O que observamos nas primeiras três semanas de abril, quando comparamos o mês de março com o de abril, o que estamos a observar é uma queda de 40% em crédito à habitação, o que é normal", afirmou Pablo Forero na conferência de imprensa de apresentação de resultados do banco no primeiro trimestre (lucros de 6,3 milhões de euros).

O líder do BPI, que abandonará o cargo para se reformar, sendo substituído por João Pedro Oliveira e Costa, lembrou que "com o confinamento, os avaliadores não podem ir avaliar as casas e os compradores não podem ir visitar as casas".

Sobre perspetivas futuras no mercado de crédito à habitação, em face da pandemia, o gestor afirmou que se se falar "de uma maneira séria", não há uma perspetiva clara, mas disse crer que "se a sociedade recuperar a normalidade, num mês ou dois o mercado do crédito à habitação recupera a normalidade".

"Outra coisa é o que vai acontecer à procura de crédito à habitação. E acho que isso, como sempre, vai depender de dois fatores. Um é o desemprego. Se há mais desemprego, temos de imaginar que vamos ter menor procura. E depois também as expectativas dos preços", referiu também Pablo Forero.

Relativamente às expectativas de preços, o presidente executivo do BPI disse que, quando sobem, "as pessoas aceleram as suas decisões de investimento", mas se a expectativa for a dos preços caírem, "naturalmente que a procura de novas habitações tende a cair".

O BPI teve lucros de 6,3 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 87% em termos homólogos, segundo informação hoje divulgada, comportamento que o banco atribui à crise desencadeada pela pandemia da covid-19.

"O resultado consolidado é inferior em 87% em relação ao do primeiro trimestre de 2019 devido ao impacto de fatores relacionados com a crise da pandemia de covid-19, nomeadamente, queda nos mercados financeiros e reforço de imparidades para fazer face a impactos futuros que, em conjunto, tiveram um impacto negativo de 47 milhões de euros no resultado antes de impostos", lê-se no comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Dos impactos negativos, acrescentou o banco, 32 milhões de euros são reforço de "imparidades de crédito no contexto covid-19", para fazer face a impactos futuros da crise na sua carteira de crédito.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, Pablo Forero afirmou que o BPI fará mais provisões caso seja necessário.

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