Os residentes de Macau gastaram 295 milhões de patacas (34,2 milhões de euros) em cinco dias no comércio local com um cartão de consumo eletrónico dado pelo Governo para ajudar a economia afetada pela covid-19.
O cartão começou a ser utilizado a 01 de maio e em cinco dias foram realizadas 2,37 milhões de transações, a maioria na restauração e em supermercados, informaram hoje as autoridades em comunicado.
Na mesma nota salientou-se o objetivo que levou o Governo de Macau a lançar o cartão: “Alargar a procura interna, dinamizar a economia local e beneficiar todos os setores de atividades económicas o mais rapidamente possível neste período difícil provocado pelo impacto epidémico, no intuito de estabilizar o emprego e a sociedade”.
Para já foram atribuídas aos residentes três mil patacas (350 euros) para gastar em maio, junho e julho, num limite máximo diário de 300 patacas (35 euros).
Contudo, o Governo de Macau já prometeu a atribuição a partir de agosto de mais cinco mil patacas (580 euros), despesas que têm igualmente de ser efetuadas através do cartão eletrónico de consumo e no comércio local.
Esta foi uma das medidas anunciadas pelas autoridades, cujos apoios anunciados à população e às empresas foram estimados em quase 13,7 mil milhões de patacas (1,6 mil milhões de euros), num momento em que o Governo está também a apostar no investimento público para revitalizar a economia.
Em fevereiro, Macau avançou com uma série de medidas de contenção da pandemia: enviou trabalhadores para casa, mandou encerrar os casinos durante pelo menos 15 dias, algo que levou à quase total paralisação da economia.
Num território de cerca de 30 quilómetros quadrados, Macau registou em 2018 mais de 35 milhões de turistas e quase 40 em 2019, mas este ano o número de visitantes diminuiu de um total de 2,85 milhões em janeiro, para 210 mil em março, registando uma descida superior a 90%.
Macau está há 29 dias sem registar novos casos. Dos 45 casos registados desde o início da pandemia, 40 foram dados como recuperados.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias de notícias France-Presse (AFP), a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.